Traduzindo o lamentável episódio numa linguagem popular chula e bem conhecida, o ministro Dias Toffoli, ao mandar excluir da revista eletrônica Crusoé e do site O Antagonista a reportagem que revelou a citação de seu nome de forma suspeita nas delações do empreiteiro Marcelo Odebrecht, jogou m… no seu próprio ventilador.
Repudiada de forma veemente pela opinião pública nacional, a truculenta censura imposta pelo ditador travestido de presidente do Supremo Tribunal Federal, protagonizando um dos mais graves atentados à liberdade expressão cometidos desde a redemocratização do país, acabou dando à matéria uma repercussão infinitamente maior do que ela tivera até então, colocando o assunto em destaque inclusive no noticiário da grande imprensa mundial.
Leia o que escreveu a respeito o New York Times, o maior e mais influente jornal dos Estados Unidos: “Depois de cinco anos de investigações sobre corrupção, que prendeu ex-presidentes e grandes empresários, a controvérsia sobre as ações do Supremo aumentou o ceticismo até mesmo em relação à mais prestigiosa instituição brasileira.”
O que já estava ruim ficou pior.