Duas faces da mesma moeda
Não é o fim do conflito, mas é um promissor cessar-fogo o acordo firmado entre Estados Unidos e China em um primeiro passo para encerrar a guerra comercial que os dois países travam há meses.
Embora ainda restem muitas pendências a serem resolvidas, a trégua traz um novo alento para a economia mundial, gerando o otimismo indispensável para melhorar o ambiente de negócios.
O confronto entre as duas maiores potências econômicas do planeta alimentava os temores de uma desaceleração que não interessa a ninguém.
Por outro lado, infelizmente, o acerto resultará no curto prazo em prejuízos inevitáveis para o agronegócio brasileiro.
Um dos itens do entendimento é o compromisso da China de comprar 200 bilhões de dólares adicionais em produtos e serviços americanos.
Desse total, pelo menos 50 bilhões serão aplicados na aquisição de produtos agrícolas.
Para aumentar as compras agropecuárias americanas, a China reduzirá aquisições em outras praças.
Maior fornecedor de commodities agrícolas para os chineses, o Brasil será o principal prejudicado.
Resumo da ópera: os agricultores brasileiros terão de desbravar novos mercados para compensar as perdas.
Como diz um velho jargão popular, na briga do rochedo com o mar, quem sofre é o marisco.
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