Muchas gracias, hermanos!
Bem que as lideranças do agronegócio brasileiro poderiam enviar uma mensagem com elogios e agradecimentos ao novo governo da Argentina.
Em mais uma tentativa para conter a grave crise financeira que assola o país, o Congresso Nacional aprovou um pacote econômico enviado pelo presidente Alberto Fernández que eleva os impostos de exportação de produtos agrícolas como a soja, o milho e o trigo.
Embasaram a iniciativa dois motivos: a visão míope dos peronistas sobre os produtores rurais, considerados latifundiários de alta renda que devem entregar parte de seus lucros para os cofres de uma nação historicamente mal administrada, e a crença fantasiosa de que a produção precisa permanecer no mercado interno para, no pensamento deles, reduzir o preço dos alimentos.
Trata-se da mesma medida inócua e desastrosa adotada nos dois mandatos de Cristina Kirchner, hoje ocupando a vice-presidência, que resultou em desabastecimento e aumento da inflação, levando muitos agricultores a migrar para o Uruguai e o Paraguai para seguir cultivando a terra em condições mais favoráveis.
Não é preciso ser um especialista no assunto para deduzir que a majoração dos tributos no campo vai beneficiar os países que competem com a Argentina na exportação desses produtos.
Em resumo, como avalia o consultor Luiz Nery Ribas, “nas próximas safras, os produtores argentinos provavelmente irão recalcular se compensa mesmo plantar. Isso deve abrir mais espaço para o Brasil”.
Viva Perón!
(Leia e compartilhe outras postagens acessando o site: caiogottlieb.jor.br)