É tudo que a gente precisava
Presenteado por seus amigos do STF com a decisão que tornou ilegal o início da execução da pena antes do julgamento de todos os recursos possíveis e imagináveis, entendimento que consagra no Brasil a impunidade dos criminosos ricos e poderosos como ele, o condenado Lula declarou, ao ganhar a liberdade, que deixava a prisão “sem ódio” e que em seu coração “só tem espaço para amor, porque é o amor que vai vencer neste país.”
Um dia depois, em discurso para a militância do PT reunida em São Bernardo do Campo, Lula teve a oportunidade de extravasar esse sublime sentimento de que se diz possuído ao chamar o ex-juiz Sergio Moro de “canalha” e a força-tarefa da Lava Jato de “quadrilha”.
Com a alma transbordando de paz, ele ressaltou que “o lado podre da justiça, o lado podre do Ministério Público, o lado podre da Polícia Federal e o lado podre da Receita Federal trabalharam para tentar criminalizar a esquerda, criminalizar o PT, criminalizar o Lula”.
Pregando a concórdia e a conciliação, o ex-presidente conclamou os correligionários a “seguir o exemplo do povo do Chile, do povo da Bolívia, a gente tem que resistir. Na verdade, atacar e não apenas se defender”.
Lula está cheio de amor pra dar.
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