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Lições de má gestão

Publicado por Caio Gottlieb em

Boa parte das medidas do pacote de reformas encaminhado pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional vai combater velhas doenças que, ao lado da corrupção, encabeçam a lista das principais causas da crônica escassez de recursos que afeta os serviços públicos essenciais e trava o crescimento do país: inchaço de funcionários, desperdício de dinheiro e baixa produtividade da máquina administrativa na União, nos estados e municípios.

Exemplos dessa sangria estão por todos os lados.

Um estudo minucioso realizado por uma consultoria especializada a pedido da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap) acaba de confirmar o que já se suspeitava: as universidades públicas mantidas pelo governo do estado gastam mais e são menos eficientes do que as instituições particulares.

Alguns dados reveladores fornecidos pelo levantamento: na rede pública, o número de alunos matriculados atendidos por campus é quatro vezes menor que a quantidade de alunos atendidos na rede privada; nas universidades públicas um docente atende 9 alunos, nas particulares atende 17.

Quanto aos custos, a pesquisa mostra que o valor destinado por aluno da graduação em 2017, na rede pública, foi 67% superior ao pago por um aluno na rede privada.

A rede pública compromete da folha com pessoal (docentes mais técnicos administrativos) um total de 43% a mais que a rede privada.

Em outra comparação, um professor da rede pública possui praticamente o mesmo custo da rede privada, mas atende metade do número de alunos.

O dossiê foi entregue pessoalmente pelo presidente da Faciap, Marco Tadeu Barbosa, ao governador Carlos Massa Ratinho Junior, que deve usar as informações para embasar iniciativas já em andamento destinadas a corrigir as distorções.

Já passou da hora de enquadrar as perdulárias e nada transparentes universidades estaduais do Paraná.

(Leia outras postagens acessando o site: caiogottlieb.jor.br)

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1 comentário

José Alberto Dietrich Filho · 11/11/2019 às 21:17

A autonomia administrativa e financeira das Universidades públicas foi um dos erros graves da Constituição de 1988. A ideia pode funcionar na Europa, mas no Brasil não tem como. É uma pena que o Ulisses Guimarães não esteja por aqui p/ ver essa burrada cometida. Nem o corpo dele ficou para testemunhar – imagino que já prevendo

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