Todo cuidado é pouco
Um forte aparato de segurança foi mobilizado em torno da presença do ministro Sergio Moro em Foz do Iguaçu, desde segunda-feira, para participar da 50ª Reunião de Ministros da Justiça e 44ª Reunião de Ministros do Interior e da Segurança dos países do Mercosul, que acontece nas dependências da Itaipu.
Devem ser aprovadas no evento medidas para a ampliação dos mecanismos de cooperação internacional visando aprofundar o combate ao narcotráfico, ao tráfico de armas e ao crime organizado, especialmente ao longo das fronteiras das nações que integram o bloco econômico.
Após o encerramento do fórum, no final da tarde desta quinta-feira (7), o ex-juiz da Operação Lava Jato fará uma palestra no espaço Quinta das Marias para um seleto grupo de espectadores, convidados por entidades representativas do setor produtivo regional, entre as quais a Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná.
Para esse encontro foi distribuído um número limitado de convites pessoais e intransferíveis, que devem ser apresentados na portaria do local acompanhados de documento com foto.
Mais que isso: não será permitida a entrada de ninguém portando bolsa, sacola, mochila e outros apetrechos similares.
Tal rigor justifica-se não só pela natureza do cargo que ele ocupa, mas também, e principalmente, pelo fato de que, nos últimos meses, por determinação do ministro, foram isolados em presídios de segurança máxima mais de 300 líderes de facções criminosas, algumas delas muito atuantes na região.
Além disso, pairam no ar as ameaças anônimas, antigas e recorrentes, vindas de asseclas da ilustre gangue que assaltou os cofres da Petrobras, inconformados com a prisão de seus chefões condenados por Moro.
Convém não menosprezá-las.
Nunca se sabe do que essa turma pode ser capaz.
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