Os amigos de Lula não tinham defeito
Pode até ser que o presidente Jair Bolsonaro cometa exageros em suas reclamações contra o tratamento que recebe de certos órgãos da chamada grande imprensa, mas salta aos olhos o esforço que eles fazem para arrumar um jeito de denegrir as boas notícias geradas pelo governo.
Viu-se novamente essa conduta tendenciosa na cobertura jornalística do giro que Bolsonaro empreendeu por países da Ásia e do Oriente Médio, onde foi recepcionado com tapete vermelho e assinou acordos que renderão promissores negócios para o Brasil.
Um exemplo bastante emblemático: ao divulgar que a Arábia Saudita, após entendimentos entre o presidente e o príncipe herdeiro Mohammad bin Salman, vai investir 10 bilhões de dólares no Brasil, alguns desses veículos deram destaque quase maior às suspeitas de que o monarca teria mandado assassinar um jornalista que lhe fazia ferrenha oposição.
Tudo bem, mas não lembro, contudo, de tê-los visto tão moralistas e ciosos do dever de bem informar quando Lula visitava países da África e ignoravam, seletivamente, o fato de que eram e ainda são comandados por ditaduras opressoras e sanguinárias, patrocinadoras de horrorosos genocídios.
O pior é que, nessas viagens, o BNDES ia a tiracolo para despejar por lá bilhões de dólares em obras previamente direcionadas para a Odebrecht e outras empreiteiras envolvidas na roubalheira da Petrobras.
Desse dinheiro, emprestado praticamente a fundo perdido aos corruptos governantes africanos, a única coisa que voltava, direto para o bolso dos petistas, era o dinheiro da propina em retribuição aos bons préstimos do ex-presidente.
Como diz um antigo jargão popular de autor desconhecido: “Amigo meu não tem defeito. Inimigo, se não tiver, eu ponho”.
1 comentário
ENEAS CHIAMULERA · 31/10/2019 às 10:17
K
Ótimo