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Será só uma questão de tempo?

Publicado por Caio Gottlieb em

Sempre lembrado pela colossal devastação que espalhou mundo afora, arruinando fortunas em poucas horas e provocando dezenas de suicídios, o famoso crash da Bolsa de Valores de Nova York está completando exatos 90 anos.

Nos idos da década de 1920, a economia dos Estados Unidos crescia de forma avassaladora surfando na exuberância do mercado acionário, que registrava constantes recordes de valorização e estimulava milhões de investidores a tomarem até dinheiro emprestado nos bancos para comprar ações.

Confiantes na estabilidade da situação, as pessoas não tinham medo de aplicar todas as suas economias e ainda contrair dívidas para aumentar as apostas, embaladas por um cenário que parecia extremamente favorável: a taxa de desemprego estava baixa e a indústria automobilística, já à época uma das maiores do país, prosperava vertiginosamente.

Tudo ia bem até que no dia 24 de outubro de 1929, por coincidência também uma quinta-feira como no aniversário deste ano, o mercado financeiro amanheceu em pânico, com o preço das ações despencando e desencadeando grande correria de investidores que, desesperadamente, tentavam desfazer-se de seus papéis.

Em dois dias, bilhões de dólares viraram pó, causando uma onda de falências que levou a economia norte-americana a viver um longo período de dificuldades, que ficou conhecido como a Grande Depressão, marcado por elevado desemprego e aumento da pobreza.

Entre os fatores que contribuíram para a eclosão do tsunami, os estudiosos destacam o excesso de confiança dos consumidores, os preços supervalorizados das ações, o aumento e a facilidade dos empréstimos bancários e a crise agrícola.

E qual é a probabilidade de ocorrer uma quebra de iguais dimensões nos dias de hoje?

Especialistas afirmam que as chances para isso acontecer não são desprezíveis, pois os aprendizados daquele episódio parecem estar sendo esquecidos e, diante de um horizonte de maior incerteza global, os riscos de um novo colapso estão aumentando, com as economias europeias já à beira da recessão.

Aliás, a crise do subprime, que implodiu o mercado imobiliário norte-americano entre 2007 e 2008, levando à bancarrota alguns dos maiores bancos e financeiras do mundo, está aí para servir de alerta.

Que ninguém duvide do que são capazes a ambição, a ganância e a insensatez dos homens.

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