O povo exercendo seu poder
Facilitadas, organizadas e turbinadas pelas redes sociais, as manifestações raivosas que agitam as ruas e confrontam os governos de diversos países em diferentes regiões do mundo representam um fenômeno novo que, gostem ou não, chegou para ficar.
Seja protestando contra a corrupção, seja expressando sua revolta com a crise econômica e o desemprego, seja expondo seu inconformismo com o custo de vida e a desigualdade social, ou, em alguns casos, gritando contra todas essas mazelas juntas, as pessoas demonstram que perderam a paciência de esperar por soluções que nunca chegam e estão exigindo mais rapidez na concretização das promessas alardeadas nas campanhas eleitorais.
Essa é a realidade com a qual a classe política, independente de ser de direita, de esquerda ou de centro, terá que lidar daqui pra frente.
Um cenário, aliás, que vai tornar as reeleições dos dirigentes públicos um evento cada vez mais difícil.
Mais conscientes da força do seu voto depois de aprender que ele é a única arma que dispõem para promover as transformações que desejam, os eleitores estarão menos propensos a renovar o mandato de seus governantes e mais encorajados a testar novas ideias.
Definitivamente, os tempos mudaram.