O tempo conspirou a favor dos criminosos
Explica-se a celeridade do Supremo Tribunal Federal, sempre lento a vida inteira, em rever suas decisões anteriores que validavam o início imediato do cumprimento da pena após a confirmação da sentença em segunda instância.
Daqui a menos de um ano, em setembro de 2020, o ministro Luiz Fux, que reafirmou seu voto pela manutenção da atual jurisprudência e apoia a Operação Lava Jato, assume a presidência do STF no lugar do petista Dias Toffoli.
Logo em seguida, o presidente Jair Bolsonaro vai indicar um nome para ocupar a vaga de Celso de Mello, inimigo da Lava Jato, que estará se aposentando.
Ou seja, com Fux no comando do tribunal e mais um ministro que Bolsonaro seguramente escolherá entre os candidatos que tiverem a coragem de colocar e manter na cadeia os grandes ladrões dos cofres públicos, certamente seria bem diferente o resultado da votação que se encaminha para conceder liberdade a Lula e outros corruptos enjaulados pela roubalheira na Petrobras.
Infelizmente, o prato está pronto: a suprema Corte do país vai consagrar, definitivamente, a impunidade dos ricos e poderosos, que podem pagar advogados caros para contestar suas condenações através de infindáveis recursos protelatórios, utilizando um vasto e criativo repertório de chicanas jurídicas.
Vamos deixar por isso mesmo?