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Apesar dos pesares, o futuro é promissor

Publicado por Caio Gottlieb em

Ainda que a Covid-19 continue semeando sofrimentos e tristezas pelos próximos meses, o economista Paulo Leme, professor de Finanças na Universidade de Miami, aposta no alinhamento de quatro forças para uma vigorosa retomada da expansão da economia mundial em 2021.

Apontadas em análise assinada por ele no portal Terra, a primeira delas é a chegada das vacinas, apoiadas por diversos antivirais que logo estarão também disponíveis, que permitirão a muitas nações reabrir seus negócios sem restrições e reconstruir os setores mais afetados pelo lockdown.

A segunda é o efeito defasado do programa gigantesco de estímulos financeiros e fiscais implementados desde março de 2020, que seguirão dando fôlego às empresas por um longo tempo.

Como terceira mola propulsora, Leme coloca na lista o governo Biden, que, na sua expectativa, lançará grandes incentivos fiscais e medidas para geração de empregos e auxílio àqueles que mais perderam com a pandemia, incluindo-se nesse pacote o aumento do gasto público, que induzirá o crescimento nos Estados Unidos e no resto do planeta, e a reintrodução do multilateralismo, que dinamizará o comércio internacional.

Por último, o PIB mundial crescerá simplesmente pelo efeito estatístico, que ocorrerá quando se comparar o índice de 2021 contra a média deprimida de 2020.

Coroando todo esse cenário, Leme prevê que o otimismo do mercado de ações vai atingir níveis históricos, levando a bolsa americana a subir nada menos do que 15%, devido ao aumento do lucro das companhias, à procura por ativos de risco num ambiente global de juros negativos e à forte entrada do dinheiro que hoje se encontra estacionado em bancos e fundos.

Para o Brasil, avalia o economista, que ocupou cargos de liderança no banco Goldman Sachs e no FMI, “essa conjuntura é espetacular. Nossas exportações crescerão movidas a maiores volumes e preços, aumentando os salários reais e o crescimento”.

Mas a perspectiva poderá ser ainda melhor, sublinha Leme, se o capital estrangeiro voltar ao País, o que está condicionado à “implantação de medidas econômicas que reduzam a dívida pública em relação ao PIB e reformas estruturais que estimulem os investimentos e aumentem a produtividade. Além disso, o governo vai ter de tratar do problema ambiental com seriedade. O superávit comercial também nos permitirá abrir a economia ao comércio exterior, reduzindo custos e aumentando a produtividade através da importação de bens de capital.”

Em suma, se os políticos fizerem o dever de casa, o Brasil decola.

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