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Ato falho ou mea culpa?

Publicado por Caio Gottlieb em

Em artigo publicado dias atrás na Folha de S. Paulo, Guido Mantega desfiou críticas aos exorbitantes lucros dos bancos, ao crescimento da desigualdade social e ao avanço da concentração de renda no Brasil, malefícios que se somaram para fazer do período de 2010 a 2020 “mais uma década perdida”, título dado por ele ao texto.

É uma análise incontestável, absolutamente precisa e correta, feita, afinal de contas, por um dos principais responsáveis pelo cenário descrito.

Quando ocupou o cargo de ministro da Fazenda do destrambelhado governo de Dilma Rousseff, Mantega inventou em 2011 a tristemente famosa “nova matriz econômica”, a presunçosa expressão pela qual ficou conhecido o desastroso conjunto de medidas intervencionistas que arruinaram as finanças da União, provocaram a maior e mais longeva recessão da história do país, com efeitos que perduram até hoje, e promoveram a formação da organização criminosa que uniu políticos e empresários corruptos para saquear os cofres da Petrobras e de outras estatais.

Das duas, uma: ou Mantega fez, sem querer, uma tardia autocrítica dos erros catastróficos que cometeu, ou esqueceu-se de que foi um dos pais da “década perdida”.

Não faltaram, é claro, ataques à Operação Lava Jato, onde também ele é alvo de investigação pelo recebimento de vantagens ilícitas, acusação que chegou a lhe render um mandado de prisão temporária em 2016, revogada algumas horas depois pelo então juiz Sergio Moro.

Vale lembrar, a propósito, que o ex-ministro é um dos figurões citados nas planilhas de distribuição de propinas da empreiteira Odebrecht, registrado com o codinome “Pós-Itália”.

É um petista-raiz.

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