Imagine as outras…
Nem tudo é só má notícia em relação à Ferroeste, que arrasta desde a sua inauguração um déficit crescente de mais de 100 milhões de reais e acumula grande estoque de dívidas não pagas a fornecedores, conseguindo manter-se em pé apenas por ser uma empresa pública e receber ajuda financeira do estado.
Diante desse cenário ruim, não deixa de ser animador saber que a companhia, agora presidida pelo engenheiro cascavelense André Luiz Gonçalves, nomeado em janeiro pelo governador Ratinho Junior, começou o ano com o pé direito.
Em um esforço notável para superar suas dificuldades estruturais e operacionais, a Ferroeste registrou em fevereiro um faturamento de R$ 3,12 milhões com a movimentação de 105.973 toneladas de produtos, marca que representa um recorde absoluto em apenas um mês ao longo de três décadas de história.
Além disso, no acumulado do ano, o volume de cargas chegou a mais de 210 mil toneladas, sacramentando um aumento de 23,7% em comparação com o mesmo período de 2018.
No meio dessas boas novas, a empresa está celebrando também o fato de que suas locomotivas já têm a 3ª maior velocidade comercial do Brasil, informação que deixou muita gente curiosa, fazendo uma daquelas perguntas que insistem em não calar.
Se a Ferroeste ocupa a destacada posição de terceira ferrovia mais veloz do país, apesar de exibir entre seus principais e mais notórios defeitos justamente a lentidão que faz dela uma espécie de tartaruga sobre trilhos, o que pensar então daquelas que vêm atrás no ranking?