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Mega Desvalorização do Real Representa Oportunidade de Venda Futura

Publicado por Caio Gottlieb em

Prof. Dr. Marcos Fava Neves

Vinicius Cambaúva

Beatriz Papa Casagrande

Reflexões dos fatos e números do agro em novembro/dezembro e o que acompanhar em janeiro

Na economia mundial e brasileira, no dia 16/12, o Banco Central divulgou mais um Boletim Focus com as previsões atualizadas para os principais indicadores da economia brasileira. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi projetado para atingir 4,89% ao término deste ano e 4,60% em 2025 (ambos com alta mensal). O PIB (Produto Interno Bruto) deve encerrar 2024 com crescimento de 3,42% e de 2,01% em 2025 (os dois também em alta de um mês a outro). A taxa de câmbio está prevista para fechar 2024 em R$ 5,99 e em R$ 5,85 no ano seguinte (elevação nos dois cenários). Em relação à taxa Selic, as estimativas indicam um patamar de 12,25% neste ano e 14,00% em 2025 (ambos em alta), refletindo o movimento da política monetária para o controle da inflação. Estes resultados devem se deteriorar bastante em janeiro devido à crise e ao descontrole das últimas duas semanas.

No agro mundial e brasileiro, o índice de preços dos alimentos divulgado pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) registrou média de 127,5 pontos em novembro de 2024, uma alta de 0,5% em relação ao mês anterior e o maior valor desde abril de 2023. A alta foi puxada pelos índices de óleos vegetais e laticínios, enquanto os cereais, carnes e açúcar registraram quedas. Os óleos vegetais (+7,5%) alcançaram o maior nível desde julho de 2022, devido a preocupações com a oferta global e demanda robusta dos óleos de palma, soja, colza e girassol. Já o índice de laticínios (+0,6%) refletiu a forte demanda por leite em pó integral, apesar do aumento sazonal de produção na Oceania. Por outro lado, a queda dos cereais (-2,7%) foi influenciada por boas colheitas no Hemisfério Sul e melhora nas condições para as safras de 2025. Os preços do arroz caíram 4,0% devido ao aumento da concorrência no mercado global e desvalorizações cambiais. A redução das carnes (-0,8%) tem destaque para a carne suína, ovina e de frango, enquanto a carne bovina manteve estabilidade. Por fim, o açúcar retraiu (-2,4%) devido à melhora nas expectativas de safra no Brasil e no início da moagem na Índia e Tailândia. Além disso, a desvalorização do real frente ao dólar e preços mais baixos do petróleo também contribuíram para a redução.

No 3º levantamento para a safra 2024/25 de grãos no Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) trouxe a estimativa de produção total em 322,4 mi de t, alta de 8,2% no comparativo com o ciclo passado; ou 24,5 mi de t adicionais. Já em relação a área, o relatório prevê 81,4 mi de ha, o mesmo apontado no mês passado; 1,8% superior a 2023/24 ou 1,5 mi de ha adicionais.

No milho, no relatório de dezembro do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), relativo à safra de grãos 2024/25, o órgão reduziu a oferta global de milho: de 1.219,40 (novembro) para 1.217,89 (dezembro) mi de t, produção que será 1,0% inferior à do ciclo passado; ou 11,7 mi de t a menos. Nos principais países, o USDA manteve a estimativa para os EUA em 384,6 mi de t (- 1,3%); China em 292,0 mi de t (+1%); Brasil com 127 mi de t (+4%); e Argentina com 51 mi de t (-4%). Os estoques globais devem fechar este ciclo em 296,4 mi de t, queda de 6,3%, o que justifica as reações de preços no caso do cereal.

No Brasil, a Conab fez um leve reajuste na oferta de milho em seu 3º relatório: de 119,8 (novembro) para 119,6 (dezembro) mi de t. Se confirmada, a produção será 3,4% superior ao ciclo passado, sendo que 22,6 mi de t virão da 1ª safra e 97,0 mi de t das 2ª e 3ª safras. Em relação a área, a Conab prevê 20,98 mi de ha (- 0,3%; ou – 68 mil ha). A produtividade média do milho deve ficar em 5.702 kg/ha, crescimento de 3,7% no comparativo com o último ciclo.

Até o dia 15 de dezembro, 75,0% do milho havia sido semeado no Brasil, contra 73,5% na mesma data do ano passado, segundo a Conab. Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina concluíram o plantio, enquanto o Rio Grande do Sul caminha para 88,0% (2023: 86,0%). 54,1% do milho encontrava-se em desenvolvimento vegetativo; 20,6% em floração; 20,1% em enchimento de grãos; e 4,0% em maturação.

O contrato de milho com vencimento em mar/2025 estava cotado na Bolsa de Chicago em US$ 4,375/bushel na conclusão de nossa coluna, crescimento de 1,9% em 30 dias (18/11: US$: 4,295/bushel).

Na soja, a estimativa de dezembro do USDA aumentou ainda mais a previsão para oferta de soja em 2024/25: de 425,4 (novembro) para 427,1 (dezembro) mi de t, alta de 8,2% em relação ao ciclo passado. Nos principais players, o USDA manteve os números do Brasil (169 mi de t; +10,4%) e dos Estados Unidos (121,4 mi de t; +7,2%); e aumentou em 1 mi de t o da Argentina, agora em 52 mi de t (+7,8%). Com a alta, os estoques globais da soja devem fechar a safra em 131,9 mi de t, 17,6% maiores.

Já a Conab indica que a produção de soja no Brasil será de 166,2 mi de t em 2024/25, mesmo valor do relatório anterior e 12,5% superior ao ciclo passado. Já em relação a área, o órgão indica que estão sendo cultivados 47,4 mi de ha, 2,6% a mais ou 1,22 mi de ha adicionais. A produtividade de soja neste ciclo está estimada em 3.509 kg/ha, alta de 9,6% no comparativo entre safras.

No campo, 96,8% da soja havia sido semeada até o dia 15 de dezembro, versus 94,6% na mesma data do ano passado; incrível a capacidade de recuperação de nossos agricultores, que iniciaram este ciclo com atraso no plantio. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná concluíram o plantio; enquanto Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão com 91% de progresso cada. As lavouras de soja estavam 53,3% em desenvolvimento vegetativo; 27,2% em floração; 13,5% em enchimento de grãos; e 4,1% em emergência.

Nos futuros da soja em Chicago, o contrato de jan/25 estava cotado a US$ 9,516/bushel no fechamento de nosso texto, queda de 5,8% no comparativo mensal (18/11: US$ 10,10/bushel).

No algodão, a estimativa de oferta da pluma foi levemente ampliada este mês: de 25,29 (novembro) para 25,56 (dezembro) mi de t, volume que será 3,8% maior do que 2023/24. Nos principais produtores, o USDA aponta uma produção de 6,14 mi de t na China (+3,2%), 5,44 mi de t na Índia (-1,6%), 3,68 mi de t no Brasil (+16,0%) e 3,10 mi de t nos EUA (+17,9%). Os estoques finais de algodão devem fechar 2024/25 em 16,55 mi de t, alta de 2,5%, o que tem pressionado os preços da pluma.

A Conab indica que a produção nacional de algodão deve somar 3,69 mi de t de pluma em 2024/25, 0,2% inferior ao ciclo passado; ou 7 mil t a menos. A queda na oferta tem relação com a condição climática mais limitada, o que deve reduzir a produtividade em 3,1%, totalizando 1.845 kg/ha de pluma. A área plantada de algodão no Brasil deve crescer 3%, totalizando 2 mi de ha.

12,2% das áreas de algodão haviam sido semeadas até 15 de dezembro, contra 14,7% no mesmo período de 2023. Goiás está com 54% de progresso (2023: 58%); Mato Grosso do Sul com 45% (2023: 84%; grande atraso); Bahia com 43% (2023: 50%); e o Mato Grosso com apenas 2,5%, aguardando o término da safra verão. 67,9% do algodão está em desenvolvimento vegetativo; e os outros 32,1% em emergência.

O contrato de mar/2025 do algodão em Chicago estava sendo negociado a 68 centavos de dólar por libra-peso na data de fechamento da nossa coluna, muito próximo da cotação a 30 dias (68,9 cents/lbp).

Nas demais culturas, olhando para as de inverno, o relatório da Conab indica uma produção total de 9,8 mi de t, praticamente o mesmo volume de 2023/24, com os seguintes destaques: trigo deve entregar 8 mi de t, em uma área de 3 mi de ha; a aveia, 1 mi de t, com área prevista de 390 mil ha; a cevada, 440 mil t em uma área de 125 mil ha; e a canola, 210 mil t, com área de 143 mil ha. Para todos os cultivos de inverno, o órgão espera a mesma área, produtividade e produção.

Em novembro de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 12,6 bilhões, registrando uma queda de 5,8% em comparação aos US$ 13,4 bilhões exportados no mesmo mês de 2023, conforme dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI/Mapa). Essa retração foi impulsionada principalmente pelo volume exportado de grãos, que caiu para 7,8 m de t (-5,2 mi de t em relação ao ano passado). Houve declínio significativo nas vendas de soja em grãos (-51%) e de milho (-36%). Apesar da queda no volume, o índice de preços das exportações subiu 3,2%, atenuando o impacto negativo sobre os resultados. Quanto as importações, totalizaram US$ 1,5 bilhão (+14,4%) no mês, com destaque na compra de insumos como fertilizantes (US$ 1,3 bilhão) e defensivos agrícolas (US$ 537,6 mi).

6 setores exportadores do agronegócio superaram US$ 1 bilhão em vendas, respondendo por quase 80% do total exportado. As “Carnes” despontaram em 1º com recorde de US$ 2,4 bilhões (+30%), impulsionado pelo crescimento da carne bovina (+30% receita | +22% volume), de frango (+32% receita | +23% volume) e suína (+31% receita | 17% volume). A primeira foi o grande destaque representando quase metade das vendas do setor: com menor oferta nos Estados Unidos, o Brasil se mantém como o grande provedor mundial. O “Complexo Soja” aparece em 2º lugar com US$ 1,8 bilhão (-50%), refletindo o impacto de uma safra reduzida e estoques baixos no final do ano. O 3º lugar ficou com o “Complexo Sucroalcooleiro” que totalizou US$ 1,7 bilhão (-17%), liderado pelo açúcar bruto, que representou a maior parte das exportações do setor. Em seguida, os “Produtos Florestais” alcançaram US$ 1,5 bilhão (+29%), sendo a celulose o principal produto, que registrou embarques recordes. Em 5º lugar o “Café” obteve US$ 1,5 bilhão em vendas (+84%), refletindo a alta expressiva nos preços e volumes exportados devido a preocupações com baixa oferta no Brasil e Vietnã. Por último, os “Cereais, Farinhas e Preparações” totalizaram US$ 1,1 bilhão (-38%), com o milho respondendo por grande parte do valor, apesar da queda nos embarques.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) atualizou o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) para R$ 1,253 trilhão em 2024, representando uma queda de 0,3% em relação ao último ano (R$ 1,256 trilhão). Para as lavouras, o valor projetado é de R$ 836,6 bilhões (-3,6%), enquanto a pecuária deve alcançar R$ 416,6 bilhões (+7,2%). Entre os produtos agrícolas, os maiores aumentos foram observados no cacau (+144%), café conilon (+68%) e batata inglesa (+45%). A soja (24%) e o milho (10%) continuam liderando em participação absoluta, apesar das quedas de 16,3% e 17,0% em receita. No setor pecuário, as carnes foram as impulsionadoras do crescimento: R$ 164,2 bilhões para os bovinos (+8,8%), R$ 104,8 bilhões para a carne de frango (+8%) e R$ 54,7 para os suínos (15%). Para 2025 as projeções são animadoras, o VBP deve atingir R$ 1,396 no próximo ano, um crescimento de 11,4%, sendo R$ 916 bilhões na conta das lavouras (+10%) e R$ 480 bilhões na pecuária (+15%).

O Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco divulgou o relatório Monitor Agro com importantes perspectivas para o agronegócio em 2025. Com a redução do fenômeno La Niña e a transição para um cenário climático neutro, há um potencial de recuperação das safras no Brasil e outros países produtores, o que pode aumentar a oferta global de grãos e açúcar, criando pressão de baixa nos preços, principalmente se a demanda não acompanhar o ritmo da produção. Além disso, os produtores brasileiros devem ficar atentos às oscilações climáticas regionais, que continuam sendo um risco para culturas como soja e milho. Por outro lado, a forte demanda externa por carnes e açúcar tem impulsionado os preços domésticos e reduzido a oferta interna, ainda mais no caso do boi gordo e carne suína. Essa tendência de exportação continuará a depender da competitividade brasileira no mercado global, que irá depender de custos logísticos e volatilidade cambial.

Outro destaque vai para o café, que deve atingir níveis históricos em 2025 com uma produção estimada em 69,9 mi de sc de 60 kg, segundo o USDA. O grão enfrenta um cenário de estoques apertados, com a relação estoque/consumo bem abaixo das médias históricas, mantendo os preços internacionais elevados. No Brasil, as cotações do café arábica atingiram novos recordes, ultrapassando R$ 2.000/sc. Quanto as exportações, já atingiram um recorde de 46,4 mi de sc até novembro deste ano, superando em 3,8% o maior volume histórico registrado em 2020. A receita também é recorde, alcançando US$ 11,3 bilhões, aumento de 22,3% em relação a maior já registrada em 2022, de acordo com dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

A segunda reestimativa do Fundecitrus para a safra 2024/25 aponta uma produção de 223,1 mi de cx no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, um aumento de 3,4% em relação à projeção de setembro, mas ainda 4,0% abaixo da estimativa inicial de maio. O crescimento recente foi muito por conta da quarta florada, que contribuiu com 20,2 mi de cx (9,1% da produção total), e das chuvas acima da média em outubro e novembro, que ajudaram a recuperar o desenvolvimento dos frutos após 11 meses de seca. Apesar desses avanços, a taxa de queda de frutos aumentou para 19,0% devido à doença greening e operações mecanizadas, o que pode prolongar a colheita e elevar potenciais perdas.

O PIB do agronegócio brasileiro deve crescer 5% em 2025, impulsionado pela produção primária agrícola e pela indústria exportadora, com destaque para grãos, carnes e insumos. Em 2024, o setor enfrentou desafios climáticos, mas encerrou o ano com um crescimento de 2%, ajudado pela recuperação no último trimestre e por exportações de carnes, que aumentaram 25% em valor. As exportações brasileiras, estimadas em US$ 166 bilhões devem se manter estáveis, com crescimento em café, açúcar e celulose compensando as quedas em soja e milho. No entanto, desafios como barreiras comerciais europeias, tensões geopolíticas, custos logísticos e inadimplência no setor demandam maior suporte, como fortalecimento do seguro rural e acesso ao crédito. As projeções são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Concluímos a nossa análise do agronegócio com os principais preços do setor na data de fechamento da nossa coluna. Na soja, considerando a entrega em cooperativa do estado de São Paulo, a cotação era de R$ 128/sc (60kg) no mercado Spot para exportação; já o contrato para entrega em mar/25 estava cotado em R$ 124/sc. No milho, o preço físico era de R$ 70/sc e o contrato de mar/25 (B3) estava em R$ 74/sc. O algodão (base Esalq) era cotado em R$ 137/@. Nos demais produtos, considerando o Cepea/Esalq como referência, os preços estavam em: café arábica, R$ 2.180/sc (+4% no mês); o trigo Paraná em R$ 1.400/t (-1,4%); a laranja para indústria fechou em R$ 89,14/cx (40,8kg) (+0,9%); e o boi gordo estava em R$ 310/@ (-12%).

Os cinco fatos do agro para acompanhar em janeiro são:

1. Andamento da safra 2024/25 de grãos no hemisfério sul (especialmente Brasil e Argentina): projeções indicando recordes na soja e milho, aparente neutralidade da La Niña e maior área projetada para grãos.

2. Início da gestão de Donald Trump nos Estados Unidos, as primeiras medidas e prováveis taxações da China e países dos BRICS (incluindo o Brasil), que podem afetar o agro, trazendo mais demanda para as nossas exportações; e possível alta de custos? Vamos avaliar.

3. Prestes a iniciar a 2ª safra, analisar os custos dos insumos, especialmente com a situação do dólar em níveis históricos. O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) fechou novembro de 2024 com redução de 3% frente a outubro.

4. Acompanhar o câmbio, elemento-chave na precificação/rendimentos do setor. O dólar atingiu recorde histórico de R$ 6,30 em 19/12, no fechamento da nossa coluna, em meio as discussões fiscais no congresso.

5. Por fim, observar o consumo interno de alimentos e bebidas com as festas de final de ano e viagens e a provável inflação galopante de reajuste de preços em janeiro e fevereiro devido a grave crise que se instalou em dezembro.

Marcos Fava Neves é professor Titular (em tempo parcial) da Faculdade de Administração da USP (Ribeirão Preto – SP) e da Harven Agribusiness School (Ribeirão Preto – SP). Sócio da Markestrat Group. É especialista em Planejamento Estratégico do Agronegócio. Confira textos e outros materiais em DoutorAgro.com e veja os vídeos no Youtube (Marcos Fava Neves).

Vinícius Cambaúva é associado na Markestrat Group e professor na Harven Agribusiness School, em Ribeirão Preto – SP. Engenheiro Agrônomo pela FCAV/UNESP, mestre e doutorando em Administração pela FEA-RP/USP. É especialista em comunicação estratégica no agro.

Beatriz Papa Casagrande é consultora na Markestrat Group, aluna de mestrado em Administração de Organizações na FEA-RP/USP e especialista em inteligência de mercado para o agronegócio.

Categorias: OPINIÃO

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