PT privatizou a Itaipu
Quando se efetivou, em fevereiro do ano passado, o pagamento da última parcela da dívida contraída junto a bancos nacionais e estrangeiros para financiar a construção de Itaipu, houve efusiva comemoração no Palácio do Planalto.
Não era para menos: com a quitação do empréstimo, exatamente no momento em que a hidrelétrica caia novamente nas mãos da turma do Lula, a empresa começaria a ter 4 bilhões de dólares disponíveis em caixa, todos os anos, para fazer o que bem entendesse.
A euforia justificava-se plenamente.
São mais de 10 bilhões de reais, metade do Brasil, metade do Paraguai, para gastar à vontade.
E o pessoal que comanda a margem brasileira da usina não está fazendo cerimônia para torrar a dinheirama sem dó nem piedade.
Um levantamento meticuloso feito pela jornalista Juliet Manfrin e publicado no portal Gazeta do Povo revelou que, de janeiro de 2023 até agora, a binacional liberou quase R$ 5 bilhões para os 399 municípios do Estado e outros 35 no Mato Grosso do Sul, próximos à divisa com o Paraná.
Mas também foram contempladas cidades bem mais distantes, como Belém do Pará, regiamente aquinhoada com R$ 1,6 bilhão para ser enfeitada para sediar a COP30 em 2025.
Não vem ao caso, aqui, analisar se os recursos estão sendo bem ou mal aplicados. Certamente deve haver de tudo um pouco, como de costume.
O detalhe que mais chama a atenção na reportagem é que cerca de 90% do montante foram designados para convênios e parcerias sob a gerência do PT, caracterizando um escancarado e escandaloso direcionamento de verbas públicas para fins políticos, o que não chega a surpreender quando se bota a raposa pra cuidar do galinheiro.
Em resumo, é a máquina do governo federal funcionando a todo vapor para energizar as campanhas de candidatos petistas nas eleições para prefeito deste ano e impulsionar o nome do companheiro Enio Verri, diretor geral brasileiro da estatal, para disputar o Palácio Iguaçu em 2026.
Definitivamente, este país não é para amadores.