Os pecados do Papa
Em que pese enfrentar diversos problemas de saúde, não consta que o Papa Francisco sofra de algum tipo de demência que o leve, inconscientemente, a tomar atitudes que ferem os mais elementares princípios da fé cristã.
Donde se conclui, pois, que o Bispo de Roma estava no pleno gozo de suas faculdades mentais quando, dias atrás, abençoou a bandeira do Movimento Sem Terra a pedido do líder do bando, o execrável João Pedro Stédile, durante um encontro com entidades sociais em Verona, na Itália.
Significa dizer que o chefe da Igreja Católica abençoou um grupo armado que usa táticas de guerrilha para aterrorizar os agricultores brasileiros, invadindo e assaltando fazendas para tomá-las na marra, agredindo, sequestrando e expulsando seus legítimos donos, roubando gado, depredando e incendiando casas, quebrando máquinas, destruindo plantações e até cometendo homicídios.
Significa dizer, sem mais rodeios, que Francisco concedeu sua graça a uma organização criminosa que desafia a lei e afronta pelo menos a metade dos Dez Mandamentos, o principal corolário do cristianismo, que ele vive aconselhando seus devotos a cumprir.
Decepção maior ainda, para os católicos que empreendem no meio rural, gerando emprego e renda e alimentando o país e o planeta com o suor do seu trabalho, foi ver o Sumo Pontífice aplaudir o velho discurso raivoso de Stédile contra o direito de propriedade.
De qualquer modo, não é a primeira vez que dom Bergoglio expõe seu apreço pelo MST.
Também não é nenhuma novidade a simpatia que ele nutre pelo socialismo, cultivada ao longo de sua carreira sacerdotal na Argentina, mostrando-se um admirador confesso do caudilho Juan Perón, fonte de todos os males que deram início à derrocada econômica da nação vizinha, e expressando seu apoio incondicional aos sucessivos governos corruptos de esquerda que terminaram de afundar na miséria um país outrora próspero e jogar grande parte de sua população na mais extrema pobreza.
Fosse um líder político, o Papa teria todo o direito de manifestar suas preferências ideológicas, mesmo aquelas abraçadas por militantes dispostos a praticar as piores atrocidades possíveis.
Mas não é o caso.
Francisco é um líder religioso, pastor de uma igreja que prega a paz e a concórdia, que assumiu a missão de guiar todos os católicos do mundo, independente dos credos políticos que cada um deles venha a adotar.
Por tudo isso, Sua Santidade deveria expressar sua preferência, seu respeito e solidariedade cristã às vítimas das violências do MST e não aos algozes delas. É o lado certo da história.
3 comentários
Josiane Camargo · 28/05/2024 às 11:32
Muito triste para muitos católicos e cristãos que conheço. Fomos criados dentro do cristianismo, do amor ao próximo, da justiça e meritocracia! A bandeira do MST abençoada pelo Papa, é uma afronta à sociedade trabalhadora producente!
Antonio Hernandes G. Junior · 27/05/2024 às 11:43
Sabemos que desde os primórdios, a igreja católica sempre adotou uma postura política. Só não esperávamos que no mundo contemporâneo, tivéssemos um Papa que ao invés de pregar a Paz entre os Povos, e a cristandade entre os homens pelo Amor e pela Fé, adota uma postura de defesa de ditadores e corruptos.
Paulo · 23/05/2024 às 20:57
O Vaticano e um país cheio de corrupção e o papa é apenas uma marionete de um sistema corrupt