Hora de acertar as contas com Alá
Expressando profunda tristeza e imensa dor, o russo Vladimir Putin, o chinês Xi Jinping, o turco Recep Erdogan, o sírio Bashar al-Assad, o iraquiano Moahmmed Shia al-Sudani e o venezuelano Nicolás Maduro, a elite da autocracia global, prantearam a morte, no último domingo, do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, vítima de acidente de helicóptero em seu país.
Lula, é claro, como velho aliado da ditadura xiita, também divulgou comovente nota de condolências, mas ele não se enquadra no grupo porque a autocracia que hoje dirige o Brasil é comandada pelo Supremo Tribunal Federal. O petista é apenas mero preposto da Corte.
Para toda essa turma, o líder iraniano foi um “bom amigo”, “um político exemplar e notável”, “um colega valioso que soube trabalhar pela paz do seu povo”, “um excelente ser humano”, entre outras manifestações de apreço e admiração.
Raisi, aliás, é dono de uma biografia inspiradora.
Descendente de família ligada ao profeta Maomé, pai do islamismo, ele subiu rapidamente na hierarquia religiosa que governa o Irã e alcançou, aos 25 anos, o cargo de procurador-adjunto, atuando como um dos juízes que autorizavam os assassinatos em massa nos tribunais secretos de 1988, chamados de Comitês da Morte.
Nessa época, milhares de prisioneiros políticos, que já cumpriam penas nas cadeias, foram novamente julgados, condenados, executados e enterrados em valas comuns não identificadas por ordem do regime.
Sua participação nos atos de crueldade que marcaram aquele tenebroso período o tornaram conhecido pela honrosa alcunha de “o carniceiro de Teerã”.
De fato, uma perda irreparável para a barbárie mundial.
1 comentário
Olavo Arsenio Fank · 06/06/2024 às 11:25
Infelizmente a juventude é movida pela ilusão muito apregoada nos meios estudantis / universitários de que a vida sob gestão socialista é um mar-de-rosas com todas as “garantias sociais”.