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Itaipu abre as comportas…

Publicado por Caio Gottlieb em

Tendo Belém por cenário, o Brasil vai sediar em 2025 a convenção mundial promovida anualmente pela Organização das Nações Unidas para discutir as mudanças climáticas.

Vai ser a 30ª edição da COP, sigla em inglês da Conference of the Parties, ou Conferência das Partes, criada pela ONU em 1994 com o objetivo de mobilizar a humanidade em torno da missão de buscar meios de reduzir o aquecimento global.

São, portanto, três décadas pródigas em debates, acordos e compromissos, mas com escassos resultados em medidas tangíveis para conter as intervenções humanas (há controvérsias) que supostamente estariam originando as catástrofes naturais que vêm assolando o planeta.

Mesmo com a quase certeza, diante do retrospecto negativo, de que nada ou pouca coisa sairá de concreto de quaisquer fóruns do gênero, principalmente porque os países ricos continuam relutando em botar dinheiro para enfrentar o problema, o governo Lula resolveu meter a mão nos cofres da Itaipu e sacar 1,3 bilhão de reais para fazer gastos discutíveis, claramente eleitoreiros, na capital do Pará, governado, convém lembrar, por Helder Barbalho, aliado do petista, com a justificativa de “arrumá-la” para receber as autoridades e celebridades estrangeiras que virão badalar no evento.

A pergunta é: não seria mais benéfico para os interesses do Brasil pegar os recursos livres da hidrelétrica e investir em grandes obras de infraestrutura como pontes, rodovias e aeroportos em regiões produtoras estratégicas com deficiências logísticas, gerando efeitos diretos no crescimento da economia nacional, como se fez no governo Bolsonaro, ou mesmo em obras para prevenir enchentes cataclísmicas como a que se abateu sobre o Rio Grande do Sul?

É o que faria um governante sério e responsável.

O que não é o caso, obviamente, do atual inquilino do Palácio do Planalto que, depois de estourar o orçamento federal, desarranjar o equilíbrio das contas públicas e turbinar o endividamento da União, enxerga no rico caixa de Itaipu a salvação para ajudar a companheirada a vencer as eleições deste ano, aproveitando-se do fato de que a usina, por seu regime jurídico especial de empresa estatal binacional, goza de plena independência administrativa e financeira e não se submete às auditagens normais dos órgãos governamentais de controle.

Apertem os cintos. A festa está só começando.

Categorias: OPINIÃO

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