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O bloco da gastança tá desfilando

Publicado por Caio Gottlieb em

Certamente o Brasil sobreviverá ao restante do terceiro mandato do Lula, a despeito da gestão temerária que o seu governo vem fazendo.

Ao superar as estrepolias econômicas cometidas por Dilma Rousseff, que provocaram a mais profunda recessão da nossa história, o país mostrou que é forte.

Se não quebrou com a presidenta, pode resistir a qualquer coisa.

Entenda-se por país, neste caso, os pequenos, médios e grandes empresários, da cidade e do campo, essa gente criativa, dinâmica, trabalhadora, persistente, resiliente e, sobretudo, patriótica, que, gerando renda, criando empregos, investindo, correndo riscos e pagando impostos, vem carregando a nação nas costas.

Mas o primeiro ano do retorno do PT ao poder mostrou que a companheirada está disposta a recuperar rapidamente o tempo perdido em matéria de torrar dinheiro público e promover o desequilíbrio fiscal.

Somando-se ao déficit primário de mais de 230 bilhões de reais nas contas públicas, pior resultado da série histórica iniciada em 1997, que só não foi maior que o saldo negativo de 2020, primeiro ano da Covid-19, as estatais federais – com o perdão do trocadilho inevitável – voltaram ao vermelho registrando em 2023 um prejuízo de 656 milhões de reais, que acaba de ser divulgado pelo Banco Central.

Em 2022, último ano de Bolsonaro no Palácio do Planalto, essas mesmas empresas públicas (que não incluem os grupos Petrobras e Eletrobras) contabilizaram lucros de quase R$ 4,8 bilhões. Por sinal, entre 2018 e 2022 elas foram quase sempre superavitárias, com a única exceção, de novo, do ano da pandemia.

Apesar disso, grandes investidores como Luis Stuhlberger, sócio-fundador da Verde Asset Management, que administra 50 bilhões de reais em ativos, e Walter Maciel, CEO da AZ Quest, que cuida de uma carteira de investimentos de 24 bi, seguem confiantes no futuro do país, ambos atribuindo seu otimismo às reformas feitas por Bolsonaro e pelo ex-presidente Michel Temer, que deram à economia brasileira bases sólidas para um crescimento sustentável, com inflação baixa e juros em queda.

Ou seja, Lula recebeu um país arrumadinho, pronto pra decolar, bastando-lhe apenas governar com boas práticas, apoiar e encorajar os empresários, agir para eliminar a insegurança jurídica, parar de hostilizar o agronegócio, que é a mola propulsora do desenvolvimento nacional, respeitar os adversários e adotar conduta exemplar para reduzir as tensões políticas.

Mas aí já é pedir muito.

Para encerrar, entrando no clima de Momo, reproduzo uma das melhores citações jocosas do saudoso economista e diplomata Roberto Campos: “Haverá salvação para um país que se declara ‘deitado eternamente em berço esplêndido’ e cujo maior exemplo de dinâmica associativa espontânea é o Carnaval?”

Categorias: OPINIÃO

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