Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o nosso site e as páginas que visita. Tudo para tornar sua experiência a mais agradável possível. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com o monitoramento descrito em nossa Política de Privacidade.

Algumas meras especulações

Publicado por Caio Gottlieb em

Todas as atenções dos políticos já estão voltadas em tempo integral para o pleito municipal deste ano. Poucas decisões importantes serão tomadas de abril em diante, inclusive por conta de impedimentos legais.

Porém, os olhos do governo federal e de seus opositores, embora estejam muito focados na campanha para prefeito, estão mirando também lá na frente, ou seja, na próxima disputa para presidente da República.

Ainda que o resultado do embate nos municípios possa não ter grande impacto no desfecho das eleições gerais de 2026, é certo que servirá de termômetro para avaliar os humores da nação e ajustar as estratégias dos partidos.

Seja como for, o PT, para surpresa de ninguém, já anunciou a candidatura de Lula a um quarto mandato, fechando as portas para qualquer outra opção no espectro da esquerda.

Já pelos lados da oposição, ou da direita, em que pese nada estar definido, pode-se fazer conjecturas considerando o atual momento que vivem os nomes mais cotados para enfrentar o petista, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro permaneça inelegível.

Vai ficando cada dia mais evidente, por exemplo, que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ouvindo a voz da razão, tentará a reeleição para poder concluir as grandes obras que prometeu aos eleitores, cacifando-se melhor para brigar pelo Palácio do Planalto em 2030.

Por sua vez, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que estreou na vida pública como um meteoro reluzente, virou uma estrela cadente. Continua dando tiros nos próprios pés com declarações infelizes e despropositadas, em meio a uma gestão que perdeu o fôlego. Vem se inviabilizando sozinho.

Sempre lembrada na lista, a senadora Tereza Cristina, a prestigiada ministra da Agricultura do governo Bolsonaro, não vem demonstrado até agora, ao menos aparentemente, apetite para lutar por espaços no tabuleiro. Anda bem apagada, por sinal.

Também citado nesse grupo, o governador goiano Ronaldo Caiado não teria, na avaliação de quem o conhece bem, o imprescindível espírito agregador necessário para conversar com desafetos e compor alianças, fundamentais para ambicionar a liderança do país.

Mais para o campo do centro ideológico surge o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que disputou com João Doria a indicação do PSDB para concorrer em 2022, mas que agora parece ter deixado voos mais altos em segundo plano para dedicar-se a reerguer seu Estado, que tem sido devastado por frequentes desastres climáticos.

É nesse cenário que o governador Ratinho Junior vem se destacando e conquistando apoios, beneficiado não apenas pelas dificuldades e fragilidades de seus rivais diretos, mas, sobretudo, por uma administração marcada por significativos avanços nos índices de qualidade na educação e na saúde, por expressivas realizações na infraestrutura, na inovação e na atração de investimentos bilionários que levaram o Paraná a alcançar a posição de quarta maior economia do Brasil.

Fora isso, ele reúne alguns dos atributos pessoais indispensáveis para qualificar um candidato à presidência com reais chances de vitória: é carismático, humilde e conciliador, é um negociador reconhecidamente habilidoso, sabe ouvir, trabalha em equipe, tem paciência, persistência e perseverança, além de não ter escândalos em seu governo, de já desfrutar de uma boa projeção nacional e ter no pai, o popularíssimo apresentador de TV Ratinho, um respeitável cabo eleitoral.

É muito cedo para conclusões. Mesmo porque, como ensinava o mineiro Magalhães Pinto, política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou.

Por enquanto, o governador paranaense está “jogando parado”, sem se precipitar, conversando sobre o assunto com líderes partidários das mais diferentes correntes e aguardando prudentemente a evolução dos acontecimentos.

Uma coisa, porém, é certa: se o cavalo passar encilhado à sua frente, ele está pronto para montar.

Categorias: OPINIÃO

1 comentário

DIRCEU QUERES · 04/02/2024 às 21:35

Simplesmente o melhor,será nosso futuro presidente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *