Escoliose na agenda
Pioneira em Cascavel na aplicação da Reeducação Postural Global (RPG) e do Pilates Clínico, técnicas utilizadas tanto para a recuperação como para a manutenção do bem-estar físico, a fisioterapeuta Marinês Toigo Gottlieb participa nesta semana no Rio de Janeiro de um curso para ampliar seus conhecimentos no tratamento da escoliose, outra área em que também se tornou referência regional.
Promovido pelo Instituto de Escoliose Patrícia Ítalo Mentges, o evento trouxe ao Brasil a especialista alemã Sanja Schreiber (na foto ladeada por Marinês e Patrícia), uma das mais renomadas instrutoras mundiais do método Schroth, revolucionária disciplina desenvolvida há cem anos na Alemanha, que consolidou a abordagem conservadora, não cirúrgica, no enfrentamento dessa doença que impõe dolorosos sofrimentos a centenas de milhões de pessoas ao redor do planeta.
Deformidade tridimensional da coluna vertebral em que a curvatura do plano central excede 10 graus, a escoliose origina-se de diversas causas, afeta diferentes idades e populações e muitas vezes pode ser detectada logo nos primeiros anos de vida – nos casos de escoliose congênita e escoliose idiopática infantil.
Nas crianças maiores e adolescentes, ocorrem as escolioses idiopáticas juvenis e do adolescente, não sendo raro que surja até em idosos na forma de escoliose degenerativa e escoliose idiopática do adulto.
Doenças raras e síndromes neurológicas como a paralisia cerebral e a mielomengocele igualmente são causas importantes de deformidade na coluna.
O tratamento é individualizado e depende de uma equipe multidisciplinar composta pelo médico ortopedista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, ortotista (quem confecciona coletes chamados de órteses), psicólogos e fisiatras.
A conduta pode ser não operatória em casos mais brandos ou não progressivos e baseia-se em exercícios específicos descritos na terapia Schroth e no uso de coletes, dependendo do grau do desvio.
Indica-se a intervenção para os casos com deformidades maiores, progressivas, ou seguidas de dor, compressão neurológica, ou em situações que evoluíram com piora mesmo com o tratamento não cirúrgico.
Frequentemente, são os pais ou familiares que percebem o seu aparecimento, outras vezes é identificada quando o paciente sente dor, desconforto ou até vergonha de sua aparência.
É importante lembrar que, assim como em qualquer doença, quanto mais cedo ela for diagnosticada e tratada, melhores serão os resultados.
Em junho, por sinal, celebra-se o mês internacional da conscientização da escoliose, instituído em 2013 por iniciativa da Associação de Escoliose do Reino Unidos que se espalhou por diversas instituições, hospitais e fundações em dezenas de países, ganhando força com a adesão da Scoliosis Research Society (SRS).
O objetivo é unir pessoas para criar uma consciência pública positiva sobre a escoliose, promovendo a educação e reunindo as pessoas que padecem da enfermidade.
2 comentários
José A Dietrich F · 25/06/2022 às 23:30
A Marinês é top 10. Muito acima da média. O livro dela diz tudo
Gustavo Kiyosen Nakayama · 25/06/2022 às 15:18
Muito importante o tema e mais importante se reunir para troca de informações sobre o tema.