Insucesso de audiência
Apesar de ser uma ferramenta das redes sociais que já estava disponível bem antes da era do novo coronavírus (o presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, é um contumaz usuário da modalidade desde a campanha eleitoral), as lives viraram o maior fenômeno da quarentena.
Depois que Elton John apareceu cantando sozinho em sua mansão em Los Angeles, em fins de março, com uma despojada transmissão ao vivo pelo Instagram para se conectar com os fãs durante o período de isolamento social, a moda se disseminou mundo afora feito a própria pandemia.
Encabeçando a lista das principais formas de entretenimento das pessoas reclusas em casa, tem lives para todos os gostos: shows e festivais musicais dos mais variados gêneros, palestras, conferências, aulas, entrevistas, treinamentos, atividades físicas, debates políticos, estudo bíblico e até leitura de livros infantis.
Condenado duas vezes em segunda instância judicial por corrupção e lavagem de dinheiro em dois processos da Operação Lava Jato, mas gozando, graças ao STF, de plena e total liberdade até esgotar todos os recursos a que tem direito, o que, nesta vida, jamais terá um fim, o ex-presidiário e ex-presidente Lula também se aventurou a dar o ar da graça para se comunicar online com eleitores e simpatizantes.
Mas não está fácil atrair a atenção da turma.
Uma de suas lives mais recentes não chegou a reunir 1.000 espectadores. Você não leu errado. Isso mesmo: menos de mil gatos pingados.
Até cabo eleitoral de vereador consegue juntar mais gente.
Lula não engana mais ninguém, nem mesmo os petistas.
Já era.
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