Esse não brinca em serviço

Não há como negar que o chefão da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia, realiza, com esmero e determinação, um trabalho dos mais eficientes dentro do objetivo a que se propôs alcançar.

Obtidas graças ao domínio que ele exerce sobre a maioria das bancadas da Casa, destaco algumas de suas vitórias mais expressivas:

· Deixou caducar a MP da carteirinha estudantil gratuita.

· Deixou caducar a MP que proibia o desconto da contribuição sindical na folha de pagamento.

· Desfigurou o pacote anticrime do ex-ministro Sergio Moro enfraquecendo o combate ao crime organizado.

· Articulou a aprovação da lei de Abuso de Autoridade que dificulta investigações sobre casos de corrupção como a Operação Lava Jato.

· Segurou a tramitação do Marco do Saneamento, fundamental para ampliar a rede de fornecimento de água e tratamento de esgoto para milhões de brasileiros que ainda não usufruem desses “luxos”.

· Segurou a PEC do Pacto Federativo.

· Travou o andamento da PEC Emergencial, que cria gatilhos para evitar que a União, Estados e Municípios gastem mais do que arrecadam, proibindo temporariamente novas contratações de funcionários e aumento de salários.

· Articulou a aprovação do Fundão Eleitoral de R$ 2 bilhões.

· Conduziu a aprovação do orçamento impositivo (aquele das emendas parlamentares), deixando nas mãos de deputados e senadores a decisão sobre o destino de bilhões de reais.

É nessa toada, ajudado pela incrível desarticulação política do Palácio do Planalto, que ele vem sabotando projetos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro e muitos outros até nem tanto, mas todos, de um modo geral, necessários para o desenvolvimento econômico, social e ético do país.

Protegido e incentivado pela grande imprensa, Maia vai cumprindo, com retumbante sucesso até aqui, o seu obscuro propósito de solapar, manietar e inviabilizar o governo.

E ainda tem gente querendo que Bolsonaro, em nome da “harmonia e da boa convivência entre os poderes”, mande para Maia todos os dias um buquê de flores com declarações de amor.

Só se for masoquista.

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