A receita do Paraná
Previsões, como diz o ditado, foram feitas para serem desmentidas.
Principalmente aquelas que, em pleno andamento de uma pandemia, tentam apontar o número de infectados a ser atingido em determinado prazo, quando ainda não existem vacinas e nem mesmo medicamentos específicos para combatê-la.
Menos mal, porém, quando elas erram trazendo boas notícias.
Parece não haver dúvida que a estrutura satisfatória da rede hospitalar pública e privada, a rapidez do governador Ratinho Junior em adotar em tempo hábil as providências necessárias para suprir eventuais deficiências dos serviços médicos de urgência, a obediência da população no cumprimento das regras do distanciamento social e até mesmo o excelente índice de saneamento básico do Estado, considerado o melhor do país, estão fazendo a diferença para que o Paraná possivelmente venha a ter um número de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus muito inferior ao que se esperava.
Quando, no dia 26 de março, o Paraná registrava 97 infectados pela Covid-19, a Secretaria Estadual da Saúde estimou um total de 10 mil casos no período mais crítico da disseminação da doença, entre abril e maio.
Passado um mês e meio daquela projeção, o boletim oficial divulgado na tarde desta segunda-feira (11) contabilizava 1.849 casos em todo o Estado, bem distante, portanto, da previsão inicial.
É cedo para relaxar, a guerra não está ganha e o inimigo segue solto por aí.
Mas as perspectivas são bastante animadoras.
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1 comentário
Marcos Villanova de Castro · 12/05/2020 às 19:57
Caio, creio que, felizmente, estas previsões pessimistas serão desmentidas em quase todo o Brasil. Elas foram catastróficas, apontando para centenas de milhares de óbitos no país e, pelo que estamos vendo, não correspondem à realidade. O que mais me espanta é perceber que boa parte da imprensa e alguns políticos mal conseguem disfarçar sua decepção com os números reais, pois, para atingir seus objetivos, eles deveriam ser bem maiores.