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Turbulência sem precedentes

Publicado por Caio Gottlieb em

Quanto mais o tempo passa e se prolongam as restrições ao transporte aéreo de passageiros para conter a disseminação do novo coronavírus pelo planeta, mais se aprofunda a grave crise financeira que assola as empresas do setor, um dos mais atingidos pela pandemia.

Veja as últimas notícias sobre a situação de algumas delas:

Com forte queda nas vendas, a Airbus, uma das duas maiores fabricantes de jatos comerciais do mundo, vem cortando investimentos e planeja lançar um programa de demissões.

Já a sua concorrente Boeing, na mesma toada de dificuldades, tomou uma decisão que afetou diretamente o Brasil ao comunicar a rescisão do acordo pelo qual pagaria 4,3 bilhões de dólares para ter participação majoritária na Embraer.

A Norwegian Air anunciou a falência de quatro de suas subsidiárias na Suécia e na Dinamarca.

Controlada pelo bilionário inglês Richard Branson, a Virgin Australia entrou em regime de administração voluntária, uma espécie de pré-concordata.

Socorrido por um empréstimo de 7 bilhões de euros, o grupo Air France-KLM ganhou um pouco de fôlego para atravessar a tempestade.

A Cathay Pacific pretende cancelar a encomenda de 21 jatos da Boeing.

Depois de ter sua falência decretada no Brasil ainda em 2018, a Avianca Colômbia admite que enfrenta sérios problemas para continuar os negócios.

Quanto às empresas brasileiras, o futuro delas depende totalmente da ajuda do governo. Uma das formas em estudo seria a compra antecipada de passagens, no valor aproximado de 300 milhões de reais, para utilização em viagens de trabalho no serviço público.

Diante desse cenário, a pergunta que fica no ar não é saber quando as companhias poderão retomar seus voos normalmente, mas quantas delas conseguirão chegar vivas até lá.

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