De um jeito ou de outro
Percebendo que muitos países já começam a ensaiar uma saída do confinamento que adotaram em graus variados para combater a pandemia do novo coronavírus, a Organização Mundial da Saúde listou seis critérios para que os governos levem em consideração no momento em que estiverem planejando o afrouxamento das restrições de isolamento, quarentena e distanciamento social.
São eles:
- Que a transmissão esteja controlada.
- Que o sistema de saúde seja capaz de detectar, testar, isolar e tratar todos os casos e rastrear todos os contatos.
- Que os riscos de surtos sejam minimizados em contextos especiais, como unidades de saúde e asilos.
- Que medidas preventivas estejam em vigor em locais de trabalho, escolas e outros lugares onde as pessoas precisam ir.
- Que os riscos de importação de casos possam ser gerenciados.
- E que as comunidades estejam totalmente educadas, engajadas e capacitadas para se ajustarem à nova norma.
Não é preciso ser nenhum especialista no assunto para concluir que se essas recomendações fossem obrigatórias a humanidade inteira estaria condenada a permanecer reclusa em casa pelo resto da vida.
É mais fácil os judeus e palestinos fazerem as pazes do que qualquer nação, por mais civilizada, disciplinada e rica que seja, conseguir atender integralmente os pré-requisitos elencados.
Ou seja, o mundo, em algum momento, mais cedo ou mais tarde, vai voltar à vida normal independente de cumprir ou não a receita da OMS.
Simplesmente porque não há outra saída.
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2 comentários
Simone · 20/04/2020 às 20:02
A OMS está cerrta em colocar como critérios a testagem maciça e a capacidade de isolar e rastrear os contatos dos contaminados. Os países que abriram ou ensaiam abrir assim o fizeram. Do contrário, haverá uma segunda onda, uma terceira ondas de contaminações e mortes de pessoas. Acredito que a economia sempre pode ser salva, mas as vidas das pessoas que se vão pela doença não tem como voltar. Lembrem-se que mesmo vocês ou alguém de suas famílias podem ser afetados por essa moléstia, que tem consequências imprevisíveis em cada organismo.
Marcos Villanova de Castro · 18/04/2020 às 20:48
A OMS se dá um direito e um poder que ELA NÃO TEM! É inadmissível essa interferência na autonomia de todos os países do mundo.
A não ser que tenha sido criado um governo global que delegou esse poder a OMS e eu não esteja sabendo.