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O buraco é mais embaixo

Publicado por Caio Gottlieb em

Um dos pais da era da informática, Bill Gates previu em meados de março, quando o bicho ainda não estava pegando tanto como agora, que a pandemia do novo coronavírus teria vida curta.

Disse ele na ocasião que “se um país fizer um bom trabalho com testes e ‘shutdown’, então dentro de 6 a 10 semanas eles deverão ver muito poucos casos e tudo será aberto de volta”.

Lógico que o mundo encheu-se de esperança e otimismo. Afinal, se o genial criador da Microsoft e de tantas outras maravilhas da tecnologia falou, tá falado.

De lá pra cá, porém, viu-se que ele tem muitos talentos, menos o dom da profecia.

Com ou sem parada total, com ou sem muitos testes, o fato é que o problema ainda vai perdurar por mais um bom tempo e o planeta terá que encontrar um meio de conviver com ele reduzindo ao mínimo possível seus danos econômicos e sociais, enquanto não surgem medicamentos eficazes e uma vacina salvadora.

Ou seja, pelo alcance e pela velocidade da propagação da doença em todos os continentes, faltou Bill Gates ter combinado com o vírus.

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1 comentário

Gustavo Alves · 15/04/2020 às 22:38

Há problemas adicionais: padrões de testagem que não coincidem ( número de testes por milhão de habitantes), desconhecimento da população imunizada pelo efeito manada, e por aí vai. E com isso não se tem uma base sólida para formular uma política pública.

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