O ano que acabou pela metade
Nos quatro cantos do planeta, milhares de congressos, feiras, exposições, palestras, casamentos, aniversários e os mais diversos eventos esportivos, artísticos e culturais sumiram do calendário de 2020, ao menos neste primeiro semestre, inviabilizados pelas normas que restringem ou proíbem grandes aglomerações de gente para frear a disseminação do novo coronavírus.
Em Cascavel, a título de ilustração, foram cancelados, por exemplo, o jantar-dançante alusivo aos 60 anos da Associação Comercial; o famoso almoço à base de costelão do Seminário São José em comemoração ao Dia do Trabalhador; a tradicional Noite de Queijos e Vinhos da Fundação Consciência e Trabalho; as promoções beneficentes da Apae e da Uopeccan e a grande festa que seria produzida por oito conhecidos empresários da cidade para celebrarem juntos o seu ingresso no clube dos sessentões.
Por outro lado, alimentadas pela forte esperança, que é de todos nós, de que logo tudo isso vai passar e a vida seguirá seu curso normal, inúmeras companhias aéreas e redes hoteleiras já começaram a anunciar campanhas agressivas de vendas de passagens e hospedagens no país e no exterior para serem usufruídas a partir de julho, na certeza de que, após três ou quatro meses quarentena, o último lugar em que as pessoas vão querer estar é dentro de casa.
Além de pacotes a preços irresistíveis para temporadas de praia nos mais badalados resorts e pré-reservas para o Carnaval de 2021, há uma imensa oferta de viagens a preço de banana, com trechos nacionais partir de 89 reais e internacionais de longa distância por menos de 1.000 dólares.
Nos Estados Unidos já tem bilhetes para voos domésticos até por 16 dólares.
Enfim, a solução é chutar a bola pra frente porque não adianta ficar chorando sobre o leite derramado.
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