Um mal a menos

Convidado desde o ano passado para enfrentar a metralhadora giratória do programa Roda Viva, da TV Cultura, Lula respondeu nesta semana que topava, certamente motivado pelo oportunismo de surfar na onda da pandemia e fazer demagogia barata.

Mas impôs uma condição: que fosse submetida à sua prévia aprovação a lista dos entrevistadores.

Com medo de perguntas incômodas sobre a sua extensa folha corrida policial, que já lhe rendeu duas condenações judiciais em segunda instância pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, estando no momento em liberdade provisória graças aos amigos do STF, o homem “mais honesto do mundo” queria uma bancada composta somente por militantes da esquerda escolhidos a dedo, daqueles que não se envergonham de idolatrar bandidos de estimação.

O pedido foi negado e o assunto, por ora, morreu.

Espera-se que o convite não seja renovado.

Afinal, o que teria de útil para dizer ao país um ex-presidente e ex-presidiário que, durante os 16 anos em que o PT ficou no poder, comandou o bilionário esquema de desvios de dinheiro público que quebrou o país e hoje faz falta nos hospitais para salvar os brasileiros acometidos pelo coronavírus e por tantas outras doenças?

Enquanto não volta para a cadeia para cumprir suas penas, é calado que ele presta um grande serviço ao Brasil.

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