Um dilema crucial
Qual é o confinamento mais eficaz para achatar a curva de crescimento da contaminação do novo coronavírus no Brasil: o horizontal, que fecha tudo, com exceção dos serviços essenciais, ou o vertical, que mantém em isolamento apenas os grupos de risco?
Eis o debate decisivo que divide nestes dias as opiniões de infectologistas, políticos e empresários diante do desafio de evitar um grande número de mortes e, ao mesmo tempo, não arruinar a economia.
Encorajado pelo setor produtivo e por expressiva parcela da população, todos preocupados com a crise que se desenha no horizonte, o presidente Jair Bolsonaro vem defendendo ferrenhamente a adoção da segunda modalidade, que contraria as orientações do próprio Ministério da Saúde e vai na contramão do que a maioria das nações está fazendo para combater a pandemia.
Até mesmo o presidente Donald Trump, que também vinha relutando em apoiar uma quarentena mais ampla, rendeu-se à dura realidade.
Diante do vertiginoso avanço da doença nos Estados Unidos, que se tornou o país com o maior número de casos de Covid-19 no mundo, à frente da China e da Itália, Trump passou a recomendar sem meias palavras que seus concidadãos permaneçam em casa no período determinado pelas autoridades sanitárias dos estados e cidades onde vivem, como ficou claro na mensagem que ele postou nesta quinta-feira em suas redes sociais:
“Quanto mais agressivamente nos comprometermos com o distanciamento social, mais vidas podemos salvar e mais cedo os americanos podem voltar ao trabalho, voltar às aulas e voltar ao normal”.
E para nós, brasileiros, qual será a melhor opção?
Ou a menos pior?
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