Eike vai abrir o bico
Com o novo coronavírus dominando o noticiário mundial, alguns fatos que até bem pouco tempo atrás ocupavam a primeira página dos jornais estão passando quase despercebidos.
É o caso da informação de que o notório empresário Eike Batista, ex-homem mais rico do país, acaba de fechar com a Procuradoria-Geral da República os termos do acordo de sua esperada delação premiada, que vai esmiuçar as falcatruas que ele cometeu durante os governos petistas em conluio com alguns de seus mais ilustres dirigentes.
Pelas condições estabelecidas, ainda pendentes de homologação pelo STF, ele pagará 800 milhões de reais em multa e ainda ficará quatro anos em reclusão, sendo um no regime fechado, um no domiciliar e dois no semiaberto.
Por sinal, a primeira parcela, de 116 milhões de reais, será destinada ao Ministério da Saúde para o combate à Covid-19.
Condenado a mais de 30 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e crimes contra o mercado financeiro em processos abertos pela Operação Lava Jato, mas aguardando o julgamento de recursos em liberdade depois de ter sido preso duas vezes, Eike promete revelar os meandros de transações ilegais envolvendo bancos e detalhar o pagamento de propinas a políticos para obter benesses governamentais.
São dezenas de milhões de reais desviados dos cofres públicos que hoje fazem falta para comprar máscaras, respiradores artificiais e leitos de UTI para enfrentar a pandemia.
Vai sair barato pro Eike.
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