Um complô a favor de Moro
Nem tudo é só discordância entre o governo e a oposição.
Há uma causa, chamemos assim, que une no momento os interesses de gregos e troianos: a nomeação do ministro da Justiça e da Segurança Pública Sergio Moro para o Supremo Tribunal Federal.
Se ele for indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para a vaga de Celso de Mello, que se aposenta em setembro, a decisão deve contar com amplo apoio de senadores, deputados e demais caciques políticos das duas bandas.
Mas ninguém pense que todos eles estão imbuídos do nobre propósito de contribuir para elevar o nível moral, ético e jurídico da Corte.
O verdadeiro objetivo de grande parte dessa turma é afastar o ex-juiz da Operação Lava Jato, ícone da luta contra a corrupção no país, da tentação de concorrer à presidência da República em 2022, embalado pelas pesquisas que o colocam em primeiro lugar na preferência dos eleitores, com alta probabilidade de tornar-se uma candidatura imbatível
Seja como for, Moro no STF é tudo o que os brasileiros de bem desejam ver, ao menos por ora.
O Palácio do Planalto pode ficar mais pra frente.
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