Um pequeno grande detalhe
Com pré-candidaturas a prefeito e a vereador em plena articulação, as próximas eleições municipais já dominam as conversas políticas.
Estranhamente, porém, ainda não vem sendo dada a devida atenção a uma novidade que virá junto com elas trazendo uma profunda reviravolta na história eleitoral do país: o fim das coligações proporcionais.
Para quem não sabe, o pleito deste ano será o primeiro sob o império da nova regra que proíbe os partidos de se aliar para eleger vereadores.
Significa que não iremos mais ver aquelas chapas mistas que possibilitavam a eleição de pessoas na carona dos votos de outras, em associações negociadas pelas mais variadas espécies de escambo.
Doravante, cada sigla que quiser garantir bom número de cadeiras nas Câmaras Municipais terá que se virar sozinha, com candidato próprio à prefeitura.
Além de barrar os caroneiros, muitas vezes desprovidos das necessárias condições éticas, morais, sociais e culturais para o exercício de um cargo público, a norma também acaba com o famigerado aluguel do tempo de TV e rádio de legendas nanicas que trocavam esse espaço financiado com dinheiro dos contribuintes por apoio a candidaturas majoritárias das agremiações maiores.
Depois do teste municipal, a mesma regra entrará em vigor nas eleições de 2022, com forte impacto nas campanhas e consequentemente nas composições das Assembleias Legislativas e da Câmara dos Deputados.
Tudo indica que, pelos mais diversos aspectos, será uma mudança para melhor na política brasileira.
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