Bloco de Notas

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Com o irresistível chamariz de ter seu mais ilustre membro ocupando a presidência da República, o Partido dos Trabalhadores reuniu mais de 1.500 filiados e simpatizantes em um centro de convenções de Brasília na noite desta quarta-feira (20) para comemorar os seus 44 anos de fundação, completados em 10 de fevereiro. Foi um festão opulento para mostrar que a turma está por cima da carne seca. O evento era restrito a convidados mediante a compra de ingressos que custaram entre R$ 350 a R$ 20 mil. Quem pagou o valor máximo não comprou, é óbvio, um mero convite. Fez, isto sim, um investimento que promete bons ganhos.

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Por outro lado, no círculo dos poucos grandes empresários que, embora não tendo vínculos com o PT, apoiaram Lula nas eleições de 2022, o clima é de decepção com o presidente e de busca de alternativas para 2026. A avaliação dominante nas rodas de conversa é que o petista perdeu a habilidade que sempre teve para ouvir, negociar e formar consensos. As maiores críticas referem-se à insistência dele em se posicionar contra Israel na guerra de Gaza, em mostrar-se favorável a Putin na invasão da Ucrânia pela Rússia e em defender o déspota venezuelano Nicolás Maduro. “Não ganhamos nada com isso. Não parece um país sério”, reclama um dos líderes do grupo que fez o L e agora viu que embarcou numa canoa furada. Não foi por falta de aviso.

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Reeleito com quase 70% dos votos, resultado histórico nas disputas pelo Palácio Iguaçu, um atestado inquestionável do êxito do seu primeiro mandato, o governador Ratinho Junior, potencial candidato na sucessão presidencial de 2026, está demonstrando que, longe de se acomodar sobre os louros da vitória, pretende se superar ainda mais nesta segunda gestão. Pesquisa divulgada pelo Instituto Radar Inteligência revelou que a sua aprovação junto ao eleitorado paranaense bateu um novo recorde e atingiu no mês de março perto de 80%. Se o principal pré-requisito para que um governador almeje o Palácio do Planalto for o respaldo quase unânime de seus conterrâneos, Ratinho já preenche a exigência.

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Foi dada a largada para a regulamentação da reforma tributária, a etapa mais importante a ser cumprida para colocar definitivamente em pé a emenda constitucional aprovada pelo Congresso Nacional para mudar o modelo de tributação de bens e serviços no país. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, instituiu uma força-tarefa de 200 pessoas para detalhar as disposições dos 71 pontos que comporão o futuro sistema de impostos, a serem validados pelo parlamento por meio de lei complementar. Para elaborar os projetos, foram criados ao todo 19 grupos técnicos, cada um deles formado por representantes da União, de estados e de municípios. É agora que o pau vai quebrar entre os múltiplos grupos de interesse que entrarão em cena para obter vantagens ou reduzir prejuízos na formulação das novas regras. Farinha pouca, meu pirão primeiro.

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É injusto que a forte queda da aprovação de Lula captada em pelo menos três pesquisas de opinião publicadas na última semana seja atribuída exclusivamente a ele. Não há dúvida que suas declarações estapafúrdias, agressivas, cínicas e cretinas sobre os mais diferentes temas, tanto em questões internas como em assuntos internacionais, tiveram enorme peso nos números das sondagens. Mas não se deve desprezar a notável contribuição dada para a avaliação negativa por sua equipe ministerial, uma das mais medíocres formações da história da República. A reunião convocada por ele para chacoalhar o time, divulgar os feitos do primeiro ano do mandato e conter a crescente impopularidade, foi o retrato acabado de um deserto de ideias e boas ações para melhorar efetivamente a vida dos brasileiros. É um governo com olhos no passado, imerso em demagogias e falácias, sem um projeto de futuro para a nação. E ainda tem três anos pela frente. Enfim, cada povo tem o presidente que merece.

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Tentando há mais de uma década comercializar seus papéis na Bolsa de Valores de Nova York, a gigante JBS, dos célebres irmãos Wesley e Joesley Batista, maior produtora de proteína animal do mundo, enfrenta novos obstáculos alcançar seu objetivo. Para impedir que a companhia tenha acesso ao mercado de capitais norte-americano por estar envolvida em casos de corrupção, surgiram até movimentos organizados. Um deles foi batizado de “Ban the Batistas” – em português, banir os Batistas. Protagonistas de alguns dos maiores escândalos de pagamento de propinas a agentes públicos em troca de favores governamentais que abalaram o Brasil nos últimos anos, a empresa e seus donos podem até ser perdoados por seus crimes aqui no país graças à leniência do STF, mas lá fora o buraco é bem mais embaixo.

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Todo mundo vai lembrar que ao chegarem para morar no Palácio da Alvorada no início de 2023, Lula e Janja denunciaram aos quatro ventos o sumiço de diversas peças da mobília. Chegaram a acusar Bolsonaro de tê-las furtado. Alegando que precisavam suprir a ausência dos objetos, considerados indispensáveis para o seu bem-estar, o casal imperial foi às compras e gastou mais de 200 mil reais na aquisição de sofás luxuosos, camas king size e outros objetos chiques. Eis que surge agora a revelação de que os móveis tidos como desaparecidos foram encontrados pelo governo em dependências diversas dentro da própria residência oficial do presidente da República. Ou seja, nunca haviam saído do Palácio. Mais uma vez, a mentira teve perna curta.

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Aos gritos de “energia e comida”, centenas de pessoas participaram de um raro protesto público dias atrás em Santiago, a segunda maior cidade de Cuba, denunciando os apagões de luz e a falta de alimentos que voltaram a assolar com intensidade a ilha caribenha governada com mão-de-ferro pelos herdeiros da sanguinária ditadura inaugurada há mais de seis décadas por Fidel Castro e glorificada pelos partidos de esquerda – entre eles o PT – como a grande vitrine mundial das maravilhas do socialismo. Só não dá pra entender porque, nos últimos três anos, mais de 400 mil cubanos se recusaram a continuar vivendo naquele paraíso e migraram para o inferno dos Estados Unidos. Devem ser masoquistas.

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Orçada inicialmente em 2,3 bilhões de dólares, a construção da Refinaria Abreu e Lima consumiu cerca de 18 bilhões, não foi concluída e virou um dos símbolos da roubalheira na Petrobras. Só se pode pensar que seja justamente por isso que suas obras tenham sido retomadas pelo governo Lula, ignorando as análises técnicas que apontam que o seu funcionamento trará ainda mais prejuízos para a estatal. Sem perda de tempo, aliás, já foi realizada a primeira licitação para a execução dos serviços de complementação da estrutura, vencida pelas construtoras Consag e Tenenge. O certame, convenientemente, passou meio despercebido. Tanto que pouca gente sabe que as duas empresas pertencem, respectivamente, às empreiteiras Andrade Gutierrez e Odebrecht, estrelas dos escândalos de corrupção desvendados pela Operação Lava Jato. O Brasil voltou.

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Uma historinha horripilante para quem simpatiza com os assassinos do Hamas: pai do sargento Adir Tahar, morto em 7 de outubro enquanto defendia comunidades judaicas durante a invasão dos facínoras da facção criminosa palestina, David Tahar relatou a um canal de TV de Telavive sua peregrinação por mais de dois meses até localizar os restos mortais de seu filho, com a ajuda do serviço secreto israelense. “Os terroristas abusaram do corpo e o decapitaram. Levaram a cabeça para Gaza, onde tentaram vendê-la por 10 mil dólares. É um nível de barbárie inimaginável”, desabafou David. A cabeça de Adir foi encontrada na Praça Falastin, dentro de um refrigerador em uma sorveteria. “Em uma bolsa, ao lado de bolas de tênis, estava a cabeça do meu filho. Eles conseguiram me trazer o que restou, e nós o enterramos”, finalizou o pai. Tudo o que se poderia dizer depois disso fica resumido a uma antiga citação de autoria desconhecida: o ser humano é uma parte da natureza que não deu certo.