Bloco de Notas

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Quando você ver notícias de que o Rio de Janeiro tem problemas nas áreas de moradia, saúde, saneamento e educação, não acredite. É tudo fake news. A “Cidade Maravilhosa” já resolveu todas essas carências que por décadas afetaram a sua população. Até a criminalidade, que aterrorizava diariamente os cariocas, foi eliminada. Tanto é que está sobrando dinheiro para bancar o show que a cantora Madonna vai fazer dia 4 de maio nas areias de Copacabana. O prefeito Eduardo Paes sacou dos cofres do município 10 milhões de reais para doar à empresa promotora do espetáculo, que será gratuito para o público. Ele é candidato à reeleição, mas não é sua intenção cooptar votos com a apresentação da rainha do pop. Longe disso.

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Demitindo de uma só tacada, no início do mês, 15 mil funcionários públicos, o presidente da Argentina, Javier Milei, cumpre mais uma etapa do seu projeto de reduzir o tamanho do estado, engordado sem necessidade ao longo de sucessivos governos peronistas com objetivos meramente políticos e eleitoreiros, sem gerar melhorias nos serviços prestados aos contribuintes. A propósito, em março, pelo terceiro mês consecutivo, a Argentina registrou mais um superávit financeiro, fator que vem contribuindo para desacelerar a gigantesca inflação que assola a nação vizinha. É a primeira vez desde 2008 que que o país termina um trimestre inteiro com as contas no azul. Milei é o presidente dos sonhos de grande parte dos brasileiros.

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Da viagem que fez recentemente à Índia, o governador Ratinho Junior trouxe um memorando de entendimento que resultará na transferência de tecnologia para a montagem no Paraná de uma rede de supercomputadores, expertise em que aquele país é um dos líderes mundiais, destinados a equipar as universidades estaduais e abrir um vasto campo para impulsionar avanços em inteligência artificial, pesquisa genômica e produção de medicamentos, atendendo tanto o setor acadêmico como a iniciativa privada. Inédito no Brasil, o projeto consolida ainda mais o Paraná como o estado mais inovador do país.

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Bem que o PT se esforça para apagar seu envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras, acobertando-se nas decisões do Supremo Tribunal Federal que anulam as condenações dos figurões do partido protagonistas da roubalheira, cancelam as multas aplicadas às grandes empresas cúmplices que subornaram agentes públicos para ganhar favores em contratos com a estatal e perseguem os juízes e promotores que desvendaram a maracutaia. Mas os fantasmas da Operação Lava Jato insistem em reaparecer para assombrar a turma. O mais recente deles foi a multinacional suíça Trafigura, uma das maiores companhias de comércio de comodities do mundo, que aceitou pagar mais de 126 milhões de dólares para encerrar uma investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, declarando-se culpada de distribuir propinas a executivos da petrolífera brasileira em troca de vantagens em negociações de compra e venda de óleo combustível. Por sua vez, o processo judicial aberto aqui em 2018 para apurar o crime está parado por determinação do Superior Tribunal de Justiça. O STF e o STJ fazem uma disputa acirrada para saber quem contribui mais para garantir a impunidade dos bandidos ricos e poderosos no Brasil.

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Um alerta para as prefeituras que estão realizando licitações de serviços públicos de grande porte: empresários escalados pelo Primeiro Comando da Capital e pelo Comando Vermelho, as duas maiores facções do crime organizado no país, estão se infiltrando nos municípios para capturar contratos milionários, visando obter novos lucros e lavar dinheiro do tráfico de drogas em atividades lícitas, como, por exemplo, e preferencialmente, o transporte coletivo e a coleta de lixo. Embora o primeiro caso do gênero tenha vindo à tona com a recente descoberta de duas empresas de ônibus que operavam na cidade de São Paulo por prepostos do PCC, sabe-se que ações similares já foram detectadas em investigações policiais no Rio, na Bahia e no Ceará, entre outros estados. Como o objetivo central é a lavagem de dinheiro, os criminosos estão dispostos a fazer propostas com o menor lucro possível, quase beirando o prejuízo, para vencer os concorrentes. Que os prefeitos fiquem espertos.

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Embalado principalmente pela forte retomada das vendas nos shopping centers, onde se concentra a maior parte dos negócios da modalidade, o setor de franquias registrou em 2023 um faturamento consolidado de mais de 240 bilhões de reais. É uma alta de 13,8% em relação ao ano anterior e está acima das projeções mais otimistas. Divulgados pela Associação Brasileira de Franchising, os dados revelaram que os segmentos de alimentação, saúde, beleza, bem-estar, hotelaria e turismo foram os que mais cresceram no período. Para 2024, estima-se uma evolução de 10% na receita, 5,5% no número de operações e 5,5% nos empregos. Apesar de enfrentar um governo disfuncional, hostil ao setor produtivo, gastador e voraz na cobrança de impostos, o brasileiro tem um espírito empreendedor que não desanima por qualquer coisa. É de tirar o chapéu.

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Eles faleceram há muito tempo, mas continuam enriquecendo as contas bancárias de seus descendentes. Como faz anualmente, a revista Forbes elencou os dez ícones da música e do cinema já mortos que mais ganharam dinheiro em 2023 com a venda de seus trabalhos e comercialização de direitos de imagem. O primeiro posto do ranking é do rei do pop, Michael Jackson, que arrecadou 115 milhões de dólares, valor alavancado pela bilheteria da peça “MJ: O Musical”, grande sucesso em cartaz na Broadway. O segundo colocado é outra majestade, o rei do rock Elvis Presley, que faturou 100 milhões de dólares. Em terceiro lugar vem o espólio de Ray Manzarek, lendário tecladista do The Doors, que levantou US$ 45 milhões. A lista traz ainda, entre outros, os nomes de Prince, Whitney Houston, John Lennon, Bob Marley, Bing Crosby, George Harrison e a atriz Marilyn Monroe, que arrebanhou nada menos que 10 milhões de dólares. Alguns deles, se vivos estivessem, talvez não faturassem tanto. É a mística da lenda garantindo a fortuna de seus familiares ainda por muitas gerações.

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Descoberto há sete anos, submerso na costa da cidade de Cartagena, no mar do Caribe, o galeão espanhol San José voltará em breve ao noticiário. O governo da Colômbia já designou a expedição que irá realizar a extração dos artefatos de ouro, prata e esmeraldas que estavam sendo transportados pelo veleiro, afundado em junho de 1708 por uma esquadra inglesa. O serviço, orçado em mais de 4,5 milhões de dólares, será executado por um robô, que desce a 600 metros de profundidade, onde repousa a embarcação. Os especialistas trabalharão a partir de um navio da Marinha, ancorado em um ponto do oceano mantido, por enquanto, em absoluto segredo para não aguçar a cobiça de caçadores de tesouros. Ainda não se tem um número preciso sobre o montante da fortuna encontrada a bordo do San José. Estima-se que o valor está casa de alguns bilhões de dólares.

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Existe um luxuoso bar em São Paulo que não divulga seu endereço, não aparece em fotos na internet e não está aberto ao público. É um lugar quase secreto, acessível exclusivamente a um pequeno e seleto grupo de clientes. Idealizado por David Politanski, o Sweet Secrets é um espaço para empresários e executivos fazerem relacionamento e realizarem reuniões privativas para fechamento de grandes negócios, distantes de olhares indiscretos. O bar funciona no formato de clube. É preciso ser sócio para frequentar o espaço ou estar acompanhado por um membro. Inaugurado em 2021 ao custo de 9 milhões de reais, o empreendimento começou com 100 participantes e hoje já conta com mais de 250. Para associar-se é preciso ser convidado, através da indicação de um membro atual, passar por um rigoroso escrutínio da vida pessoal e estar disposto a pagar uma assinatura mensal e uma anuidade que começa em 15 mil e vai a 30 mil reais, variando conforme a utilização. São abertas dez vagas por mês e a fila de espera tem cerca de 150 nomes. Boteco de gente fina é outro patamar.

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Nem todas as carreiras mais promissoras da atualidade, ao contrário do que se pensa, orbitam em torno da tecnologia. Diante da constatação de que bons salários e outros benefícios adicionais não são mais suficientes para reter talentos e que é necessário oferecer também um ambiente de trabalho saudável, que propicie as melhores condições para a realização profissional, as grandes corporações criaram um novo posto para cuidar dessa missão: o de “diretor de felicidade”. É isso mesmo que você leu. Ainda pouco difundida, a função de “diretor de felicidade” já consta dos organogramas de várias empresas, entre elas a Heineken e a Chilli Beans. Cabe a ele avaliar o nível de bem-estar dos funcionários e liderar a adoção de políticas que ampliem os índices de satisfação da equipe, promovendo uma cultura organizacional positiva, atuando na mediação de conflitos internos e fornecendo um canal aberto para feedback dos colaboradores, entre outras iniciativas. Imagina-se que o requisito básico para alguém ocupar o cargo é ser uma pessoa plenamente feliz, o que não deve estar sendo muito fácil de achar nos dias de hoje.

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Teve à época grande repercussão na imprensa nacional e estrangeira a faraônica viagem de Lula e Janja a Londres, acompanhado de numeroso cortejo, para assistir, em maio do ano passado, à cerimônia de coroação do Rei Charles III. O governo brasileiro – aliás, você, pagador de tributos – gastou cerca de 1,5 milhão de reais para hospedar a comitiva por dois dias no luxuoso JW Marriott Grosvenor House. Só a suíte onde o casal imperial tupiniquim refestelou-se custa cerca de 44 mil reais por pernoite. A novidade sobre a farra é que a presidência da República acaba de colocar sob sigilo pelos próximos cinco anos a lista das 80 pessoas que ocuparam 57 quartos de um dos hotéis mais requintados não apenas da capital britânica, mas de toda a Europa. O que o governo petista não quer que a gente saiba?