Tem nome novo no páreo

Uma novidade que pode surpreender positivamente nestas eleições chama-se Henrique Mecabô, que pretende concorrer pelo Partido Novo a uma das vagas do Paraná na Câmara Federal.

Nascido e criado em Cascavel, filho do casal Ivo e Sandra Mecabô, ele conhecido empresário e produtor rural, Henrique é economista e cientista político graduado pela McGill University e mestre em economia pela University of Toronto, ambas no Canadá.

Representou a juventude global na ONU duas vezes, foi consultor de agências dos governos americano e canadense, mas decidiu que voltaria ao Brasil para atuar na política depois de, durante as férias, estagiar como analista político acompanhando o Congresso Nacional em Brasília e se decepcionar com o baixo nível das discussões no nosso legislativo.

Hoje com 25 anos, Henrique trabalha desburocratizando e digitalizando serviços públicos em mais de 60 prefeituras do país por meio da startup Aprova Digital. É um dos 150 brasileiros (e um dos apenas seis paranaenses) escolhidos como líderes da renovação política pelo RenovaBR.

O RenovaBR é uma organização suprapartidária que busca preparar políticos de renovação para disputas eleitorais e eventuais mandatos. A missão da escola é “transformar pessoas comuns em políticos fora do comum”.

Passaram pela instituição em 2018 políticos que têm se destacado no cenário federal como os deputados Tiago Mitraud, Felipe Rigoni, Tábata Amaral e o senador Alessandro Vieira.

Sua pré-candidatura carrega uma boa dose de coragem e, evidentemente, a tão desejada e necessária, ao menos aqui no Oeste do Estado, bandeira da renovação política.

Mecabô, entretanto, quer ir além disso: para ele, sem sobrenome político, a renovação tem que vir com qualificação e disposição ao diálogo. Essa qualificação ele apresenta por meio de seu mestrado de renome e de sua experiência profissional e empreendedora. “A mudança não pode ser só de nome e sobrenome, mas também de práticas”, escreveu ao blog.

Por já ter visto economias mais dinâmicas de perto, conhecer o “chão de fábrica” das prefeituras brasileiras, e também por ter empreendido, Henrique não teria como não focar seu mandato na melhora do ambiente de negócios brasileiro.

Menos normas tributárias, menos tempo pra emissão de alvarás e licenças, menos regras que beneficiem os “amigos do rei”, menos impostos e menos privilégios para a alta casta da classe política e dos servidores do judiciário.

“Gastamos muito e gastamos mal enquanto o pagador de impostos entrega cinco de doze meses de seus ganhos ao governo. Temos uma infraestrutura precária pra fazer comida chegar à mesa das pessoas, crianças aqui morrem de diarreia! Fazem sentido os cinco bilhões de reais do fundão eleitoral e todos os auxílios e penduricalhos que recebem os caciques políticos?”, questiona.

Prometendo abrir mão de todos esses privilégios, Mecabô fala também em educação: “falei muito de ‘melhorar o ambiente pra pesca’, mas precisamos também ‘ensinar a pescar’ de um jeito melhor”.

Pra isso, quer pautar em Brasília o que estudou no seu mestrado no Canadá, focado em Economia da Educação: muito mais gasto, proporcionalmente, na educação básica e na primeira infância, menos no ensino superior, um foco renovado no ensino técnico e avaliação meritocrática de professores.

O perfil técnico, o foco na redução de burocracias, impostos e privilégios e a conversa didática sobre educação do jovem Mecabô têm atraído e animado desde a juventude até o empresariado, os pequenos empreendedores e o cooperativismo.

Mecabô pode ser a primeira cadeira de federal conquistada pelo Partido Novo no Paraná, e vai buscá-la com as bênçãos do Governador Zema, de Minas, e do deputado gaúcho Marcel Van Hattem.

Vai emplacar? Só os deuses da política sabem.

A propósito, a convite do RenovaBR, ele está em São Paulo neste início de semana para treinamento de estratégias eleitorais com a chefia da equipe da campanha vitoriosa do presidente norte-americano Joe Biden.

O moço não está pra brincadeira.