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Cascavel tem o melhor aeroporto regional do Brasil

Publicado por Caio Gottlieb em

Foi uma grande união de esforços políticos que possibilitou a concretização das reformas e ampliações que deram um espetacular upgrade para o aeroporto de Cascavel.

Recapitulando a história: houve aporte financeiro do governo Ratinho Junior, teve verbas da União liberadas através de emendas parlamentares do deputado federal Fernando Giacobo, vieram as pontes de embarque e desembarque doadas pela Itaipu e entrou, é claro, bastante dinheiro do município.

Mas, justiça seja feita, nada teria acontecido se o prefeito Leonaldo Paranhos, desde o primeiro dia do seu primeiro mandato, não tivesse comprado a briga de desatar os muitos nós jurídicos e burocráticos que travavam o andamento das melhorias no terminal e, a partir da solução dessas pendências, recomeçar tudo praticamente da estaca zero para refazer os planos e projetos que resultaram na magnífica obra que aí está.

Agora acaba de chegar o coroamento desse vitorioso trabalho.

Disputando com 41 concorrentes o Prêmio Aviação + Brasil, o aeroporto de Cascavel foi eleito o melhor terminal regional do país – categoria que abrange as cidades do interior – em avaliação baseada em mais de 50 mil entrevistas com passageiros ouvidos ao longo de 2021 em todo o Brasil. O primeiro lugar entre os nacionais ficou com Florianópolis.

Instituído em 2015 pelo Ministério da Infraestrutura e pela Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias, o Prêmio Aviação + Brasil tem a finalidade de reconhecer
os melhores aeroportos e empresas aéreas brasileiras de acordo com os passageiros, considerando critérios como a qualidade das instalações físicas, conforto, pontualidade, acessibilidade e satisfação dos usuários.

Além da privilegiada localização geográfica que o destino lhe reservou no centro de um dos principais celeiros agroindustriais do Brasil, Cascavel reúne invejáveis diferenciais logísticos para consolidar-se como um dos mais dinâmicos polos de desenvolvimento do país.

É servida por três importantes rodovias federais, tem ferrovia que a liga ao porto de Paranaguá, está às portas do Mercosul, mas, até recentemente, permanecia fora do radar dos investimentos de grandes empresas de fora por falta da rapidez do transporte aéreo para a locomoção de seus executivos, deficiência que também inibia voos mais ousados dos próprios empreendedores locais.

Hoje, a cidade tem um aeroporto premiado, atendido por operações diárias da Gol e da Azul, com previsão de receber em breve os serviços da Latam, que formam o grupo das três maiores companhias aéreas nacionais, propiciando uma inestimável contribuição para acelerar o desenvolvimento socioeconômico da região.

Voltando lá no passado, lembro bem quando Roberto Requião, em um de seus três mandatos de governador, ao receber reivindicações da comunidade cascavelense para promover mínimas melhorias no acanhadíssimo aeroporto que dispúnhamos na época, em mais uma de suas peculiares manifestações de egoísmo, arrogância e prepotência, ironizou o pedido respondendo que não iria fazer investimentos que só serviriam para beneficiar gente rica com seus jatos particulares.

Era a voz do atraso falando mais alto para retardar só por birra um processo que, mais cedo ou mais tarde, iria acontecer de qualquer jeito.

Quanto tempo perdido.

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