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Onde tudo conspira a favor da bandalheira

Publicado por Caio Gottlieb em

É uma luta inglória combater a impunidade em um país que conta com a leniência da justiça e a permissividade da legislação penal para manter a tradição de proteger bandidos ricos e poderosos.

Quando decidiu anular todos os atos do ex-juiz Sergio Moro que culminaram na condenação de Lula por corrupção e lavagem de dinheiro no esquema do tríplex do Guarujá e o levaram para a cadeia por mais de um ano, sentença, aliás, validada em segunda instância pelo TRF-4, o Supremo Tribunal Federal deixou aberta a possibilidade de se retomar o caso a partir de uma nova denúncia só pra não ficar tão escancarada a intenção de livrar o ex-presidente dos delitos sobejamente comprovados que cometeu.

Mas já estava escrito que isso seria inviável.

Coube agora ao Ministério Público Federal tão somente colocar a última pá de cal para enterrar definitivamente o assunto ao ver-se forçado a pedir o arquivamento da ação tendo em vista que a pretensão punitiva estatal encontra-se prescrita para o petista a partir da queda pela metade do prazo que a Constituição prevê para investigações de crimes contra pessoas que tenham 70 anos ou mais.

Lula tem 76.

Prescrição, lembremos, é a perda do direito de punir do Estado pelo seu não exercício em determinado lapso de tempo.

Ou seja, Lula não foi absolvido.

Não foi declarado inocente de nada.

Apenas está se beneficiando das facilidades de interpor infindáveis recursos previstos em lei, devidamente exploradas pelos bons advogados que o dinheiro lhe permite contratar, até safar-se de eventuais condenações em decorrência da idade avançada.

Mas a gente sabe muito bem o que ele fez. E ele sabe que a gente sabe.

Só engana os néscios.

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