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FHC entrega o PSDB ao PT

Publicado por Caio Gottlieb em

Alvo de duras críticas de correligionários de ambos os lados, o almoço que reuniu FHC e Lula em meados do mês, mas só revelado na última sexta-feira (21) com a divulgação de uma fotografia da dupla fazendo o cumprimento popularizado na pandemia, era um evento mais do que previsível.

Ainda no dia 29 de abril, com o título “FHC entregou as bets”, postei uma nota que retratava o desânimo do ex-presidente com os nomes do PSDB e de outros partidos que andam sonhando encarnar a chamada candidatura da “terceira via” como alternativa à polarização entre Bolsonaro e Lula na próxima disputa presidencial.

Abordado no meu texto, o desalento de Fernando Henrique Cardoso veio a público quando ele foi instado pela imprensa a opinar sobre o “manifesto em favor da democracia” assinado por seus companheiros de partido João Doria e Eduardo Leite juntamente com Luciano Huck, Ciro Gomes, Luiz Henrique Mandetta e João Amoêdo, todos pretensos aspirantes ao Palácio do Planalto.

Botando pouca fé no sexteto, FHC disse sem nenhuma convicção que admite se curvar a qualquer um deles que apresente um bom programa de governo, mas frisou que uma candidatura de centro para se viabilizar necessita muito mais do que uma sólida aliança político-eleitoral.

Com sinceridade e realismo dignos de aplausos, ele admitiu que “não é fácil ganhar do Bolsonaro ou do Lula. É preciso ter ressonância popular”.

Ou seja, em português bem claro, é preciso ter voto.

Acontece que ao se encontrar agora com Lula e anunciar que votará no petista em um eventual segundo turno nas eleições de 2022 que não tenha a presença de um tucano, FHC enterrou antecipadamente a tentativa do PSDB de buscar um nome capaz de derrotar o atual presidente e provocou a ira de importantes líderes da sigla.

Um deles, o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, disparou: “Fernando Henrique Cardoso passa por uma síndrome de Estocolmo” (que vem a ser o estado psicológico em que a pessoa passa a ter empatia e sentimento de amor e amizade por seu agressor), esquecendo-se que “Lula e o PT desconstruíram o seu legado e assaltaram o país”.

Lembrei-me, então, que Dilma Rousseff anunciou em 2018 que faria “aliança até com o diabo” para combater o governo do então presidente eleito Jair Bolsonaro.

Não se sabe se FHC, um ateu confesso, também está disposto a se aliar ao satanás para alcançar o mesmo objetivo, mas vê-se que já topou se juntar à quadrilha que acusou com todas as letras (assista ao vídeo abaixo) de roubar e quebrar o país.

Daí para se abraçar ao demônio não falta muito.

(Leia e compartilhe outras postagens acessando o site: caiogottlieb.jor.br)

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3 comentários

Juarez Dietrich · 24/05/2021 às 10:11

Deixou pra fazer “isso” na saída…enganando muitos na entrada.

Santana · 23/05/2021 às 23:17

FHC deixou um grande legado ao país e agora deixa uma ?? Esse extremismo criado no passado pelo PT e aprimorado no presente pelo Bolsonaro já produziu 5 mandatos de descontinuação do plano Real : Lula Lula Dilma Dilma e Agora Bolsonaro… é hora de recolocar o Brasil nos trilhos.. a solução não está nos extremos::

Marcelo · 23/05/2021 às 17:51

Caio, na boa, essa reunião é de dois cidadãos que já deram seus últimos suspiros na política. O que interessa mesmo é quando o presidente vai entender que deve trabalhar firme e parar de fingir que não existe o vírus e já tem cepa indiana na praça.

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