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Com a palavra, Sergio Moro

Publicado por Caio Gottlieb em

Eu já havia começado a escrever um post sobre o insidioso ataque desfechado por ministros do Supremo Tribunal Federal contra Sergio Moro, movidos pelo indisfarçável propósito de destruir sua reputação, implodir a maior operação de combate ao crime organizado já empreendida no país, proteger corruptos de estimação e consagrar no Brasil a impunidade dos bandidos ricos e poderosos, quando o ex-juiz da Lava Jato divulgou uma nota pública para comentar a escabrosa sentença da Segunda Turma da Corte que decretou sua parcialidade ao condenar Lula no caso do tríplex do Guarujá.

Como ele sabe se defender melhor do que ninguém, reproduzo abaixo a íntegra do seu manifesto e declaro meu total repúdio à decisão do STF e meu integral apoio ao corajoso magistrado que provou aos brasileiros ser possível enfrentar e derrotar a corrupção e nos deu a esperança de que um dia poderemos viver em uma nação que paute sua trajetória pelos primados da ética, da decência e da honestidade.

“Sobre o julgamento da 2ª Turma do STF que, por três votos a dois, anulou a condenação do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro:

A Operação Lava Jato foi um marco no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro no Brasil e, de certo modo, em outros países, especialmente da América Latina, colocando fim à generalizada impunidade destes crimes. Mais de quatro bilhões de reais pagos em subornos foram recuperados aos cofres públicos e quase duas centenas de pessoas foram condenadas por corrupção e lavagem de dinheiro.

Todos os acusados foram tratados nos processos e julgamentos com o devido respeito, com imparcialidade e sem qualquer animosidade da minha parte, como juiz do caso.

Apesar da decisão da segunda turma do STF, tenho absoluta tranquilidade em relação aos acertos das minhas decisões, todas fundamentadas, nos processos judiciais, inclusive quanto àqueles que tinham como acusado o ex-Presidente.

A sentença condenatória contra o ex-Presidente foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região e pelo Superior Tribunal de Justiça que, igualmente, rejeitaram as alegações de falta de imparcialidade.

O ex-Presidente só teve a prisão ordenada pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em 2018, após ter habeas corpus denegado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal.

O Brasil não pode retroceder e destruir o passado recente de combate à corrupção e à impunidade e pelo qual foi elogiado internacionalmente.

A preocupação deve ser com o presente e com o futuro para aprimorar os mecanismos de prevenção e combate à corrupção e com isto construir um país melhor e mais justo para todos.”

Curitiba, 24 de março de 2021.

Sergio Fernando Moro

(Leia e compartilhe outras postagens acessando o site: caiogottlieb.jor.br)

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2 comentários

Marcelo · 28/03/2021 às 10:12

E o caso Banestado que Moro era juiz? Não terminou em lambança também, com sentenças mal feitas que até hoje estão sendo discutidas? Como iam querer algo diferente agora?

Miguel Angelo Rodrigues Dutra · 27/03/2021 às 21:16

Moro não é corajoso, Moro é um oportunista que aproveitou-se de um momento histórico específico para promover-se, emitir decisões eivadas de ilegalidade e enquanto pseudo bastião de moralidade perseguir um grupo específico de políticos. irá para a lata de lixo da História, assim como o presidente a quem por quase dois anos trocou juras de amor e fidelidade. Todos sabem como terminou esse casamento.

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