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A verdade é uma só

Publicado por Caio Gottlieb em

Divide-se em dois grupos a claque de simpatizantes do PT que comemora a anulação das condenações de Lula pela maluca decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, como se ela significasse a absolvição do ex-presidente dos crimes que lhe foram imputados pela Operação Lava Jato.

Há os cínicos, que propagam a falsa narrativa sabendo que ela não reflete a realidade, e há os ingênuos, que, não entendendo o que aconteceu, acreditam na mentira.

Quanto aos primeiros, não há o que fazer. São cúmplices.

Em relação aos segundos, talvez seja possível salvar alguns das trevas da ignorância com uma explicação rápida e didática.

Aos fatos: de uma hora para outra, surpreendendo todo mundo, Fachin decretou, com cinco anos de atraso, que as sentenças contra Lula não tinham validade porque as ações judiciais estavam correndo em lugar errado: deveriam ter tramitado na Justiça Federal de Brasília e não em Curitiba.

Nada falou sobre culpa ou inocência. Não entrou no mérito das penas impostas ao acusado. Só mandou transferir os processos para a capital federal onde, sabe-se lá quando, serão submetidos a um novo julgamento.

Ou seja: continuam em vigor as denúncias do Ministério Público pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro nos casos do tríplex do Guarujá e do sítio em Atibaia, que resultaram nas condenações do petista, em cada um dos autos, a mais de dez anos de prisão, em decisões tomadas por três diferentes instâncias judiciais.

Esses detalhes, porém, não têm a menor importância.

O propósito principal da canetada de Fachin, com a conivência da maioria de seus pares na Corte, foi plenamente alcançado: sua aberração jurídica deixa a ficha-suja de Lula momentaneamente limpa e permite que ele se candidate à presidência em 2022.

Nessas horas, sempre é oportuno lembrar que Fachin militou no PT, pediu voto para Dilma Rousseff e foi advogado do MST.

Deveria dar exemplo e declarar-se impedido de atuar no caso tendo em vista seus notórios, antigos e comprometedores laços com a agremiação política do réu.

Mas apenas o ex-juiz Sérgio Moro é acusado de agir com parcialidade ao sentenciar Lula.

Ninguém precisa faltar com o respeito aos ministros do STF pelas canalhices que cometem. Eles próprios não se dão ao respeito.

(Leia e compartilhe outras postagens acessando o site: caiogottlieb.jor.br)

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1 comentário

Sandro De azevedo · 24/03/2021 às 10:46

O intuto era salva sergio moro

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