Voando para o passado
Um dos setores da economia mais devastados pelo novo coronavírus, o transporte aéreo levará alguns bons anos para se recuperar.
E aqui não se fala só de aviões voltando a cruzar os ares com a magnitude dos tempos pré-pandemia, mas também dos negócios em terra.
Além de afetar dramaticamente as companhias de aviação, levando dezenas delas à falência e fragilizando o caixa de outras tantas, a queda brutal no volume de viajantes rendeu prejuízos igualmente astronômicos para os aeroportos.
Um levantamento divulgado nesta semana revelou que a circulação de passageiros nos terminais da União Europeia em 2020 desabou mais de 70%.
Depois de registrar no ano anterior 2,4 bilhões de pessoas, caiu para apenas 728 milhões.
Em suma, os aeroportos europeus regrediram aos seus níveis de tráfego de 1995.
Alguns deles conseguiram socorro financeiro dos governos de seus países, mas o montante despendido não cobre nem 10% das receitas perdidas.
Nada como os números para dimensionar com precisão a gravidade de uma crise.
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