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A pesquisa fatal

Publicado por Caio Gottlieb em

Trata-se de uma Fake News a informação que circula nas redes sociais sobre um suposto pedido de falência do Ibope.

Por outro lado, é verdade, sim, que a empresa que virou metonímia de pesquisa eleitoral e índices de audiência e popularidade no Brasil vai fechar as portas definitivamente quando janeiro terminar.

Era voz corrente que o encerramento das atividades já estava há tempos nos planos da família Montenegro, que fundou o célebre instituto quase 80 anos atrás.

Talvez a decisão tenha sido acelerada por seu funesto desempenho no recente pleito municipal de Porto Alegre, quando os números das intenções de votos obtidos em suas sondagens revelaram uma enorme discrepância em relação ao resultado das urnas, que ficou muito distante da mais elástica e tolerável margem de erro, configurando um dos erros mais escandalosos de sua história.

Relembrando: a última pesquisa Ibope antes do 1º turno mostrava Manuela D’Avila (PC do B) com 40% dos votos válidos, contra 25% de Sebastião Melo (MDB). Os eleitores deram a Melo 31% dos votos. Manuela recebeu 29%.

Mas o desastre maior veio em 28 de novembro, véspera do 2º turno, quando o levantamento divulgado pelo instituto indicava empate dentro da margem de erro: ela com 51%, ele com 49%.

Melo venceu com 55% dos votos válidos.

Falhas, digamos assim, como essas, inspiraram o senador Roberto Requião a cunhar uma frase no seu melhor estilo cáustico para sintetizar a participação das empresas de pesquisa nas eleições: “Se quero comprar peixe, vou à peixaria; se quero comprar pesquisa, vou ao Ibope”.

Pode ser um mero esperneio de político descontente com os números adversos de uma sondagem eleitoral, mas os fatos reais, no mínimo, autorizam que se alimentem suspeitas do gênero.

Como se diz na Espanha, “no creo en brujas, pero que las hay, las hay”.

(Leia e compartilhe outras postagens acessando o site: caiogottlieb.jor.br)

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1 comentário

Marcos Villanova de Castro · 27/01/2021 às 19:32

Caio, meu amigo, na próxima oportunidade em que estivermos juntos vou lhe contar uma história do IBOPE em que atuei como coadjuvante 😜

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