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Memórias do cárcere

Publicado por Caio Gottlieb em

Condenado já em segunda instância a mais de 14 anos de reclusão por corrupção passiva, evasão fraudulenta de divisas e lavagem de dinheiro, o ruidoso e maquiavélico ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, vai voltar a sacudir o mundo político.

Vivendo desde março de 2020 em sua residência no Rio, onde cumpre prisão preventiva substituída pelo regime domiciliar devido ao seu estado de saúde e aos riscos da Covid-19 nos presídios, ele terminou de redigir seu livro sobre a queda de Dilma Rousseff.

Com o título “Tchau Querida, o Diário do Impeachment”, a obra desfia ao longo de 740 páginas os pormenores das articulações que culminaram com a cassação do mandato da ex-presidente e deverá ser publicada em abril pela editora Matrix.

Em sua coluna na revista Veja, Robson Bonin revela que Cunha vai trazer à luz “detalhes aterradores dos conchavos” que marcaram o andamento do processo, descrevendo a atuação no episódio dos petistas, do ex-juiz Sergio Moro e do ex-procurador geral da república Rodrigo Janot, entre outros figurões em destaque na época.

Consta, porém, que os capítulos mais eletrizantes são dedicados a dois personagens em especial. O primeiro é o então vice Michel Temer, exposto em sua ativa participação para tomar o lugar da titular do cargo. O segundo é o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, hoje aliado do PT, definido por Cunha como alguém “desesperado pelos holofotes do impeachment, que queria todas as posições para ele”.

De qualquer modo, ainda que possa ter sido por vias um pouco tortas, prestou-se um grande serviço à nação ao se destituir dentro das normas constitucionais uma governante inepta que arruinou o país, deixando graves sequelas econômicas que ainda vão perdurar por muitos anos.

Foi um típico caso em que, sem sombra de dúvida, os fins justificaram os meios.

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