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Não há plano B

Publicado por Caio Gottlieb em

Anunciada pelo Ministério da Infraestrutura em reunião com integrantes da bancada paranaense na Câmara dos Deputados, a nova modelagem de gestão privada das rodovias federais no Estado, que substituirá as atuais concessões a partir de 2022, foi energicamente rechaçada pelo Programa Oeste em Desenvolvimento, que coordena as discussões a respeito do assunto no âmbito das instituições que representam o setor produtivo.

Confirmando a sua sabida preferência pelo formato chamado de híbrido, que prevê uma combinação de descontos progressivos no pedágio com o pagamento aos cofres da União de um valor pela exploração do serviço, somado ao compromisso de execução das obras de modernização das estradas (que envolve trechos estaduais), o governo federal propõe que 50% do ágio obtido nos leilões fique com o Tesouro Nacional e os outros 50% sejam revertidos em melhorias nas rodovias concedidas.

Rejeitando prontamente a ideia em uma nota dura divulgada nesta sexta-feira (15), o POD voltou a reiterar sua decisão contrária a qualquer modelo que inclua algum tipo de outorga onerosa, por entender que esse custo acabará sendo arcado pelos usuários das vias, tomando a forma de um novo tributo e elevando outra vez os preços do pedágio aos níveis exorbitantes de hoje, apontados em diversos estudos como o principal fator para a perda de competitvidade dos produtos paranaenses nos mercados nacional e internacional.

Em resumo, as entidades empresariais não arredam pé de sua posição de só aceitar o modelo de menor tarifa, com redução de pelo menos 50% nos valores dos pedágios praticados atualmente e um amplo pacote de investimentos em duplicações e terceiras faixas para começar já nos primeiros meses dos novos contratos.

Os próximos e derradeiros capítulos dessa novela vão acontecer a partir de fevereiro, quando a queda de braço entrará em cena ao vivo e a cores nas audiências públicas que darão a palavra final sobre a questão.

Previsão de tempo quente pela frente.

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