O que é isso, companheiro?
Outrora grandes amigos que adoravam se adular, convém doravante não convidar para o mesmo jantar os ex-presidentes Barak Obama e Lula da Silva.
Talvez arrependido de chamar Lula de “o cara” e de “o político mais popular da Terra” quando ambos estavam no exercício do cargo, o norte-americano, diante da realidade dos fatos revelados anos depois pela Operação Lava Jato, viu-se obrigado a rever seus conceitos e trocar a bajulação barata por uma descrição mais precisa do brasileiro ao citá-lo em seu livro de memórias, que está sendo lançado mundialmente.
Referindo-se a Lula como um ex-líder sindical “grisalho e cativante” e lembrando alguns aspectos positivos do governo do petista, Obama registrou, com certo pudor, que “Constava também que ele tinha os escrúpulos de um chefão de Tammany Hall e circulavam boatos de clientelismo governamental, negócios por baixo do pano e propinas na casa dos bilhões”.
Tammany Hall, para quem não sabe, era uma organização criminosa associada à corrupção e ao abuso do poder, que dominou a política de Nova York a partir de meados do século 19 até o início do século 20.
Qualquer semelhança com a quadrilha formada por políticos e empresários de alto coturno que promoveu a maior roubalheira de recursos públicos da história do Brasil e levou o “cara” para a cadeia é mera coincidência.
Os petistas estão magoadíssimos com o camarada Obama pela comparação.
Que, aliás, não poderia ter sido mais certeira.
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1 comentário
O que é isso, companheiro? - Por Caio Gottlieb - CGN · 20/11/2020 às 14:45
[…] Talvez arrependido de chamar Lula de “o cara” e de “o político mais popular da Terra” quando ambos estavam no exercício do cargo, o norte-americano, diante da realidade dos fatos revelados anos depois pela Operação Lava Jato, viu-se obrigado a rever seus conceitos e trocar a bajulação barata por uma descrição mais precisa do brasileiro ao citá-lo em seu livro de memórias, que está sendo lançado mundialmente. (Continue lendo…) […]