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Quem é tchutchuca raiz

Publicado por Caio Gottlieb em

Foi amplamente criticado pela imprensa nacional o comportamento moleque do deputado federal petista Zeca Dirceu, na audiência sobre a reforma da previdência na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, ao acusar o Ministro da Economia, Paulo Guedes, de agir como “tigrão” em relação a aposentados, idosos e pessoas humildes, mas como “tchutchuca” no tocante à “turma mais privilegiada do nosso país”.

A reunião terminou em bate-boca, mas o filho do ex-ministro José Dirceu (viu-se mais uma vez que a laranja não cai longe do pé) acabou prestando um grande serviço à memória nacional ao trazer à tona, com uma simples palavra, alguns fatos que a gente, com o tempo, vai esquecendo.

Antes de tudo, atentemos para o sentido que ele quis dar à expressão chula empregada para agredir Guedes: capacho, servil, submisso, subserviente.

Feito isso, tomo a liberdade de resumir o artigo lapidar, publicado na última quinta-feira (4) na Gazeta do Povo, em que Luan Sperandio relembrou pelo menos quatro vezes em que o “PT foi tchutchuca de poderosos e você pagou a conta do baile”.

1) O baile do BNDES – Empréstimos, a juros subsidiados, para megaempresários amigos de Lula e Dilma. Só as grandes empreiteiras, envolvidas com o governo na roubalheira desvendada pela Operação Lava Jato, comeram 13,6 bilhões de reais. O gasto com essa festa de crédito foi superior aos recursos liberados pelo Plano Marshall, programa instituído pelos Estados Unidos para ajudar na reconstrução da Europa após a II Guerra Mundial.

2) O baile dos ditadores – Empréstimos para a realização de obras de infraestrutura (rodovias, ferrovias e portos que fazem falta por aqui) em países governados por sanguinários caudilhos amigos do PT, que, em troca da liberação dos recursos, recebia propinas das construtoras. O pior é que o dinheiro saiu do FAT, um fundo constituído com parte dos salários de cada trabalhador brasileiro. Só em um ano o prejuízo passou de 1,1 bilhão de reais.

3) O baile dos empreiteiros – Congregadas em um cartel articulado e comandado pelos governos petistas, as maiores empreiteiras do país dividiam as obras que cada uma ganharia da Petrobras, sempre incluindo a “comissão” dos agentes públicos. Desarticulada pela Lava Jato, a farra colocou centenas de milhões de reais nos bolsos de mais de uma centena de políticos e pagou as contas das campanhas de Lula e Dilma.

4) O baile dos lobistas – Homem forte dos ex-presidentes Lula e Dilma, o ex-ministro Antônio Palocci revelou, em sua delação premiada, que pelo menos 900 das mil medidas provisórias editadas nos governos do PT foram motivadas por propinas. Ou seja, houve negociações para inserir determinados dispositivos que beneficiassem grupos privados. Duas das mais notórias favoreceram a indústria automobilística.

Não resta dúvida: o PT era tigrão quando se tratava de unir-se a empresários ricos para assaltar os cofres públicos.

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