Sem medo de ser feliz
Até agosto, os gastos de Lula com cartões corporativos já somavam, desde a posse, 7,87 milhões de reais, 50% a mais do que Bolsonaro no mesmo período de 2019, primeiro ano de seu mandato.
Além de cobrir despesas de viagens internacionais – o petista fez 13 em apenas oito meses –, o dinheiro de plástico disponível para uso presidencial paga os banquetes servidos no Palácio da Alvorada e também as compras de alimentos para o mandatário, seus familiares e servidores, tudo com pouca transparência.
Por sinal, as andanças do excelentíssimo presidente ao redor do planeta neste ano já abocanharam dos cofres públicos cerca de 25 milhões de reais, faltando computar os custos da recente excursão a Cuba e aos Estados Unidos, ainda não divulgados, que deve ser a mais cara de todas já que ele levou para acompanhá-lo uma comitiva de nada menos que 300 pessoas.
É isso que você leu: 300 pessoas.
Coisa de fazer inveja aos séquitos de qualquer potentado árabe.
Em Nova York, ao cumprir o ritual de falar na cerimônia de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, uma tradição que cabe aos presidentes brasileiros desde a fundação da entidade, Lula fez um discurso recheado de obviedades e mesmices, praticamente ignorado pelos principais veículos jornalísticos norte-americanos e europeus.
Não faltou na peroração nem mesmo a velha cantilena de cobrar dos “países ricos” mais empenho em iniciativas de combate à fome.
Eis aí um tema em que Lula pode fazer o dever de casa e dar um bom exemplo para o mundo sendo mais contido e comedido no uso dos cartões corporativos para aquisição de comidas e bebidas, não repetindo as extravagâncias dos hábitos de consumo de seus governos anteriores, que incluíam, por exemplo, garrafas da refinada cachaça Havana, vendida atualmente pela bagatela de 900 reais a unidade.
Tem pinga boa bem mais barata no mercado.