Entregue à própria sorte

Já foram bem melhores as relações entre Roberto Requião, candidato do PT ao Palácio Iguaçu, e a cúpula da sigla.

Sem ver a cor do dinheiro do partido (que estaria sendo direcionado preferencialmente para os postulantes à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa) e amargando desempenho nada animador nas pesquisas, o ex-governador teve uma conversa dura há poucos dias com um graduado assessor de Lula para reclamar do abandono, chegando a dizer que, se continuar na penúria, poderá desistir da disputa.

Mas seus apelos, ao que tudo indica, não vão surtir muito efeito.

Fazendo a leitura de que o velho aliado não vai mesmo decolar e que a batalha aqui está antecipadamente perdida para as reeleições do governador Ratinho Junior e do presidente Bolsonaro, a campanha petista excluiu o Paraná de sua lista de prioridades para a conquista de votos.

Com a avaliação de que, diante deste cenário, vai ser mais lucrativo investir em outros lugares do país, Lula decidiu que só virá ao Estado na segunda quinzena de setembro, a duas semanas da eleição.

Como ensina o antigo e sábio dito popular, não se gasta vela boa com defunto ruim.