Mais do mesmo
Sem dar sinais de que pretenda se aposentar de sua longeva vida pública, Roberto Requião, agora filiado ao PT, inicia a campanha para ocupar pela quarta vez o Palácio Iguaçu ressuscitando sua velha e manjada cantilena sobre o pedágio.
Temos que admitir que foi uma eficiente bandeira eleitoral fartamente usada pelo ex-governador para ganhar o voto de cidadãos incautos que se iludem facilmente pela pregação demagógica de políticos espertos.
Ninguém há de esquecer do antológico mantra que ele cunhou para esbravejar contra o preço das tarifas: “Ou abaixa ou acaba!”
Foi com esse grito de guerra que o caudilho das Araucárias se elegeu e reelegeu-se, só tendo depois o trabalho de arrumar algumas desculpas esfarrapadas por não ter feito nem uma coisa e nem outra.
Mas o pior ainda está por vir.
Acontece que para manter a encenação de que estava em permanente conflito com as concessionárias, ele sistematicamente se negava a autorizar a aplicação dos reajustes anuais estabelecidos nos contratos, obrigando as operadoras a recorrer à justiça para fazer valer seus direitos.
De todos esses embates, resultaram dezenas de processos por perdas e danos abertos pelas empresas, em andamento nas esferas jurídicas, para reaver os prejuízos acumulados durante os dias em que o novo valor deixou de ser implantado, somados a juros, multas e correção monetária.
Cedo ou tarde, a conta dessas bravatas histriônicas e inconsequentes chegará para arrancar alguns bons milhões de reais dos bolsos dos contribuintes paranaenses.
Quem viver, verá.